16 Agosto 2020      10:59

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Alentejo: curar queijos com a ajuda do telemóvel

No Alentejo, há um projeto onde o telemóvel é necessário para curar os queijos.

Um projeto liderado pelo Instituto Politécnico de Beja (IPB) desenvolveu uma câmara de cura de queijo artesanal aliada a uma aplicação para telemóvel. Esta aplicação disponibiliza informação sobre a viabilidade económico-financeira dos projetos, sobre os apoios aos produtores e promove o investimento nas novas tecnologias.

O projeto CFD4CHEESE surge de uma parceria do IPB com o Instituto Politécnico de Portalegre, o Instituto Politécnico de Setúbal, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e o Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Alentejo (CEBAL).

O projeto "CFD4CHEESE - Aplicação da mecânica dos fluídos computacional na otimização das condições de cura de queijos tradicionais" pretende melhorar a qualidade dos queijos de Denominação de Origem Protegida (DOP) aliado a uma vertente de criação de maior valor agregado no produto final, valorizando ainda mais um produto artesanal e parte irrevogável do património alentejano.

Para desenvolver o projeto, os investigadores aplicaram conceitos da mecânica dos fluídos computacional para estudar os principais parâmetros ambientais como a temperatura, a humidade, a velocidade, o amoníaco e dióxido de carbono no interior da câmara, ao longo do ciclo de cura. Esta monitorização permitiu que a nova câmara de cura mantenha as características dos queijos tradicionais e potenciou a quantidade de queijo com uso de certificação DOP, permitindo também uma maior eficiência energética e redução do impacto ambiental.

 

Imagem de turismodoalentejo.com.br