12 Julho 2020      11:54

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Alcácer do Sal expõe Azulejaria do Século XVI

Em Alcácer do Sal, a “Azulejaria do Século XVI” vai estar em exposição, na Cripta Arqueológica.

Patente até 30 de julho, pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 9h30 às 13h e das 15h às 18h30.

Com o nome "À descoberta das reservas do Museu Municipal Pedro Nunes - A Azulejaria do Século XVI", esta exposição é constituída por 11 peças de azulejaria hispano-árabe (três pequenos painéis e azulejos avulso).

O azulejo chegou à Península Ibérica através da expansão islâmica; teve a sua origem nos centros hispa-mouriscos de Valência, Sevilha e Marrocos, que o exportaram para Portugal durante os finais do século XIV, século XV e primeira metade do século XVI.

Entre os séculos XV e XVII, o azulejo revestia interiores de igreja e palácios, tetos, claustros, salões, degraus, escadarias, bancos, fontanários e canteiros de jardim. Até meados do século XVIII as habitações particulares não utilizavam o azulejo a não ser em alguns registos nas frontarias, com a invocação de Santos.

Após esta fase, esses registos multiplicaram-se, facto atribuível à crença dos proprietários em como estas imagens protegiam as suas habitações.

Na segunda metade do século XIX o uso do azulejo na fachada tornou-se um dos elementos dinamizadores da arquitetura, concedendo um novo colorido à paisagem urbana. Surgiu como um fenómeno urbano, se bem que aliado a uma corrente de gosto, a par da crescente industrialização e desenvolvimento tecnológico, em que as fachadas principais eram revestidas por azulejos multicolores, por vezes complementadas com outro tipo de artefactos cerâmicos.