2 Maio 2023      15:12

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Alandroal garante maior execução de fundos de sempre

João Grilo, presidente da Câmara Municipal de Alandroal

No passado dia 28 de abril (sexta-feira), o município de Alandroal aprovou, em sessão da Assembleia Municipal, a Prestação de Contas de 2022, onde se destaca a redução do endividamento total da autarquia em quase um milhão de euros (964.298,18 euros) durante o ano passado, informa o município, em comunicado, salientando também que foi registada a maior execução de sempre de fundos comunitários.

No mesmo documento, adianta-se ainda que houve também uma redução de 1.382.314,00 euros no que respeita ao excesso de endividamento, em relação ao limite da dívida total, situando-se, atualmente, a dívida total do município no limiar dos 15 milhões de euros.

Devido à inflação, a despesa corrente do município referente à aquisição de bens e serviços sofreu um aumento de 143.000 euros. Ainda assim, as despesas com pessoal baixaram 4.000 euros e as receitas com impostos diretos subiram, especialmente através do IMT (+17%) e da derrama (+25%), o que representa um “sinal de aumento da atividade económica do concelho”, escreve o município.

Foi também o ano da maior execução de sempre de fundos comunitários no concelho de Alandroal, com um total de 2.381.333,12 euros, sobretudo devido a diversas obras que se encontram em curso. Entre estas obras, destacam-se o restauro e a conservação dos três níveis de muralha da Fortaleza de Juromenha e a conclusão da Escola Básica Diogo Lopes de Sequeira com Pavilhão Gimnodesportivo e Bloco de Ensino Pré-Escolar. Não obstante, o município alentejano prevê que o valor venha a ser mais alto em 2023.

Pelo quarto ano consecutivo, não foram registados quaisquer pagamentos em atraso em nenhum prazo, tendo o prazo médio de pagamentos a fornecedores sido reduzido de 6 para 4 dias. 

Satisfeito com os resultados, o presidente da autarquia, João Grilo, refere que estes “são a demonstração de que, não sendo fácil, é possível reduzir o endividamento, ter contas certas e ao mesmo tempo fazer obra relevante para o desenvolvimento do concelho ao mais elevado nível de sempre” e acrescenta que não consegue “deixar nem pensar no que conseguiríamos fazer a mais com o milhão de euros que entregamos para pagar endividamento abusivo e desnecessário, mas o nosso foco está nas soluções e não nos problemas”.

João Grilo avança ainda que o processo de revisão do Plano de Ajustamento Municipal (PAM), que vigora desde o ano de 2016 e que se considera estar desajustado da realidade, deverá estar concluído com o Fundo de Apoio Municipal (FAM).

Assim, de forma a enfrentar, primeiro a pandemia de Covid-19, agora a crise inflacionista, o município adotou uma estratégia de investimento “que procurou tirar o máximo partido do Programa Operacional Regional Alentejo 2020” e “prepara agora o caminho para fazer o mesmo face ao Alentejo 2030 e ao PRR”, conclui o comunicado.

 

Fotografia de empresasmais.pt