Estamos a começar a terceira semana de 2019 e parece que já temos matéria para um novo ano civil.
Começámos com a tomada de posse de Bolsonaro com o cumprimento de algumas promessas como por exemplo a retirada de autonomia a comunidades indígenas.
Continuámos com um canal generalista que esqueceu por completo a norma constitucional portuguesa que proíbe a publicidade a entidades fascistas ou fascizantes e a convidar um dos principais rostos dessas mesmas entidades para uma entrevista.
Na semana seguinte, temos o Presidente da República a interromper uma reunião para felicitar uma apresentadora de televisão pela estreia do seu novo programa.
As polémicas continuam com a tomada de posse de Nicolas Maduro perante o Supremo Tribunal de Justiça venezuelano e não perante o Parlamento, desrespeitando todas as normas nacionais relativas a esta cerimónia.
Esta semana temos o anúncio de pelo menos duas candidaturas à Presidência do principal partido da oposição e o Presidente da República a reunir com o Presidente do Partido para discutir estas questões internas.
A polémica com o Brexit continua, com Teresa May cada vez mais isolada na defesa do acordo com a União Europeia quanto ao abandono já em Março.
A esta velocidade continuaremos a ver os movimentos nacionalistas a crescer e com todas as consequências daí resultantes e, mais grave que tudo isto, com o apoio de televisões nacionais.
O Brasil continuará envolto em violência e corrupção mas com a liberdade de uso e porte de arma por cidadãos, o que está a levar a que os brasileiros continuem a procurar outros países para viver e constituir as suas famílias em segurança.
Continuaremos com um Presidente da República que, com a sede de protagonismo, começa a esquecer-se dos poderes e deveres que tem e que jurou cumprir na sua tomada de posse e cuja popularidade começa a descer.
A Venezuela continuará no seu regime ditatorial com a sua população a viver com cada vez mais dificuldades e completamente isolada do mundo.
No PSD, Rui Rio já fez saber que continuará e convocou os órgãos internos para votação de moção de confiança. Mas algo faz adivinhar que Luís Montenegro e os seus apoiantes não ficarão por aqui.
Quanto ao Brexit a indefinição continua deixando a Europa em suspenso e reiterando a urgência que os Estados-Membros comecem a definir soluções para todos os cenários possíveis.
Estamos apenas na terceira semana do ano de eleições europeias e legislativas.
Imagem de bbci.co.uk
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