9 Agosto 2018      15:30

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Águia-imperial-ibérica alarga domínio no Alentejo

A águia-imperial-ibérica (“Aquila adalberti”) é uma espécie de águia endémica do sudoeste da Península Ibérica e norte de África e é uma espécie em risco de extinção.

A população total desta ave, em 2013, era de somente 407 casais reprodutores em toda a Península Ibérica; em Portugal existem só 15 casais e 9 deles estão no Alentejo, mais concretamente na região de Moura/Barrancos e na região do Vale do Guadiana/Castro Verde, mas, também agora na reião de Serpa, como revelou a Liga para a Proteção da Natureza (LPN).

Esta ave – que habita em azinheiras e sobreiros e se alimenta essencialmente de coelhos, mas também lebres, pombos, corvos e outras aves, e até, embora em menor escala, de raposas e pequenos roedores - só regressou ao Alentejo em 2003, após cerca de duas décadas de ausência. A águia-imperial ibérica não emigra, e cada casal defende a sua zona de caça e reprodução - num espaço de cerca de 2000ha - durante todo o ano.

Em Portugal, desde 2014, a LPN tem um projeto de proteção da águia-imperial, o Projeto Life Imperial e que visa a conservação da espécie numa parceira entre GNR, ICNF, EDP Distribuição, Câmara Municipal de Castro Verde, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e os parceiros espanhóis da SEO/Birdlife e da Tragsatec, de Espanha.

O prazo de término deste projeto seria o final do corrente ano, mas a LPN está a tentar uma extenção do mesmo junto da Comissão Europeia.

 

Imagem de aves.mundoentrepatas.com