26 Abril 2019      17:33

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Agricultores revoltados com desinformação sobre alterações climáticas

Um comunicado conjunto da Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo e da Olivum- Associação de Olivicultores do Sul vem mostrar a posição de desagrado face ao que os agricultores alentejanos consideram a “desinformação” sobre as consequências da agricultura intensiva, nomeadamente, de olivais.

Consideram os agricultores que tais informações não consideram aquele que tem sido o trabalho e o contributo positivo dos agricultores para a dinamização da agricultura na região e para o desenvolvimento económico da mesma, sendo também responsáveis pelo combate às alterações climáticas.

Para comprovarem que tudo está a ser feito dentro da lei e dos limites previstos, as associações recorreram à “Carta de Uso de Ocupação do Solo de Portugal Continental de 2018” (SAU), e que prevê que, na região Alentejo, 2,6 milhões de hectares estejam destinados à agricultura e que esta área é composta por 54% de floresta - sendo 42% deste área de montado; 20% da área está ocupada por culturas temporárias de sequeiro e regadio, 14% por pastagens naturais e só 7% por olival (sequeiro e regadio); 3% são matos, 1% vinha e 1% pomares.

Segundo estas associações, os agricultores alentejanos têm apostado ainda em rega pelo sistema gota-a-gota, sendo um sistema que ocupa cerca de 3% da SAU com pouco menos de 70 mil hectares.

Revelam ainda que o olival não necessita muita água, o que provoca também que não necessite grandes doses fertilizantes ou fitofármacos; mais um fator que faz com que os agricultores considerem as críticas feitas à plantação de olival sem nexo.

 

Imagem de ruralit.es

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