26 Agosto 2022      10:32

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Aeroporto de Beja dado como exemplo na Dinamarca

Pedro Castro, diretor da SkyExpert – empresa portuguesa de consultoria especializada em transporte aéreo, aeroportos e turismo –, vai falar do aeroporto de Beja no Festival Político da Europa, que decorre até domingo na Dinamarca.

De acordo com o jornal O Atual, o responsável adianta que irá levar o “aeroporto de Beja” para os debates em que vai participar como orador, para que, por um lado, não se abandone o plano inicial previsto para Beja e, por outro, para que projetos europeus como os de Beja não se repitam nestes termos.

O Festival Político da Europa decorre na cidade dinamarquesa de Mariager, durante quatro dias, juntando comissários europeus, deputados europeus e nacionais, ministros e cidadãos para um debate democrático e prospetivo sobre a União Europeia e os seus desafios aos mais diferentes níveis.

A agenda inclui temas como a paz, a energia, a tecnologia, o desenvolvimento institucional europeu, o clima e o transporte aéreo. O evento irá contar com a SkyExpert nos debates sobre o futuro do transporte aéreo na União Europeia.

Pedro Castro participa como orador em dois momentos: o primeiro hoje, sexta-feira, às 13:00; e o segundo, no domingo, às 11.00. “Em ambos os casos, o tema será o das alterações climáticas e a adaptação da indústria aérea ao plano europeu de redução de emissões ‘fitfor55’, que foi já contestado oficialmente pelas companhias aéreas”, explica o diretor.

“É a primeira vez que trago as minhas ideias de curto, médio e longo prazo para um fórum europeu”, perante uma audiência tão forte e de vários campos políticos, como revelam as presenças portuguesas da comissária Elisa Ferreira, do eurodeputado pelo PAN, Francisco Guerreiro, e do co-presidente do Volt Portugal, Duarte Costa.

Segundo Pedro Castro, “a minha aposta vai pela regulação do setor desde a atribuição dos slots ao tratamento da comida do avião e à gestão do tráfego aéreo; toca o aspeto corporativo do tráfego de negócios; e, por fim, as novas tecnologias. Gostaria de retirar este peso constante que se exerce sobre o indivíduo e o seu comportamento e transferi-lo para o decisor”.

Neste âmbito, Pedro Castro relembra “a existência do aeroporto de Beja, cuja construção foi financiada através de fundos comunitários com um determinado projeto e propósito”. O responsável acrescenta que “tem de haver mecanismos de penalização dos Estados que, neste caso, abusaram do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. Apresentam um projeto com determinados estudos e características, recebem os fundos e depois a verdadeira execução do plano fica-se pelo caminho”.

“Os recursos da UE são limitados e não podem ser desperdiçados desta forma. Falta um mecanismo sancionatório mais claro nesta matéria de forma a obrigar os Estados que assim se comportem a devolverem o dinheiro com multa, por exemplo; ou esse comportamento representar uma penalização a ter em conta na apresentação e avaliação de novos projetos. Ao pensarmos no PRR, devemos prever isto”, conclui o responsável.

 

Fotografia de observador.pt