8 Agosto 2022      10:10

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Adega Mayor fez 15 anos e recupera da pandemia

Rita Nabeiro, CEO da Adega Mayor

A Adega Mayor, empresa integrante do Grupo Nabeiro, faturou mais 10% face a 2020, para 5,6 milhões de euros, avança Rita Nabeiro, presidente executiva (CEO).

Em declarações à Lusa, a responsável adianta que a Adega Mayor “fez 15 anos no dia 15 de junho deste ano”, destacando os “dois últimos anos” como aqueles que foram “particularmente desafiantes” na vida da empresa.

Relativamente à primeira metade do ano, a CEO diz que a Adega Mayor continua “com crescimento”, ressalvando que este ano está a ser comparado com um período distinto, o de 2021, em que o primeiro trimestre foi penalizado.

“Arrancámos com um atraso no primeiro trimestre de quase 50% de quebra de vendas porque estivemos confinados e tivemos que recuperar tudo o que tínhamos perdido nesse primeiro trimestre e não só [pois] até ao primeiro semestre o mercado estava fechado”, recorda, salientando que o canal HoReCa (Hotéis, Restaurantes e Cafés) caiu.

Depois, “conseguiu recuperar desse atraso e ficar ainda acima daquilo que foi 2019, foi de facto um momento de superação. Este ano estamos também com boas perspetivas de eventualmente atingir os nossos objetivos e ficar acima do ano anterior”, avança.

A responsável destaca ainda os efeitos da pandemia. “A Adega Mayor faz parte de um grupo empresarial e a pandemia acaba por ter um impacto no negócio”, em particular para quem trabalha com o canal HoReCa. “Não temos só a produção de vinho, nem só de café”, neste caso, no grupo Nabeiro, “também temos toda a distribuição e comercialização”, sublinha a empresária.

Assim, o que não era prioritário foi adiado durante a pandemia: “Havia temas que eram importantes, mas que não eram prioritários e que agora é tempo de andar para a frente e retomar esses projetos, não queríamos era pesar naquilo que eram os custos do grupo”, explica.

“A curto prazo temos feito investimentos que são mais de ordem funcional, por um lado investimento a nível da transição digital, que já vínhamos fazendo”, ter processos digitalizados é importante, nomeadamente quando se tem equipas dispersas geograficamente, como entre Lisboa e Campo Maior, para poder acompanhar informação atualizada.

“Por outro lado, tudo o que tem a ver com a agricultura, esta transição para modo de produção biológico, temos que ter outro tipo de metodologias agrícolas”, o que “tem custos elevados”, mas também “estamos a falar de infraestruturas, por exemplo, o edifício que “já tem 15 anos”, diz, referindo-se à obra do arquiteto Siza Vieira, que vai exigindo manutenção constante para que não se deteriore.

“Para o futuro, além destes investimentos, temos uma segunda adega”, sendo que a “adega desenhada pelo Siza Vieira é o nosso espaço emblemático”, salienta.

A Adega Mayor tem um investimento previsto de 500 mil euros este ano em 2023 e “mais de um milhão de euros” para a nova adega no futuro.

 

Fotografia de visao.sapo.pt