O anúncio recente de um acordo entre os gigantes da aeronáutica Airbus e a canadiana Bombardier pode afetar o Alentejo e Portugal, onde a concorrente brasileira Embraer tem feito um forte investimento, sobretudo no cluster aeronáutico de Évora.
O receio tornou-se evidente no decorrer dos AED Days, um evento anual sobre a aeronáutica, espaço e defesa nacionais.
O acordo entre a Airbus e a Bombardier visa essencialmente o programa de construção de aviões CSeries da Bombardier, sendo esta aeronave uma das principais concorrentes da E-2 da Embraer, líder de mercado.
A necessitar ainda de aprovação pelos reguladores, a notícia de um acordo foi suficiente para fazer as ações em bolsa da Embraer – no Brasil - caírem mais de 5% num dia.
Em Portugal, as duas fábricas em Évora, uma participação maioritária na OGMA e uma outra empresa de manutenção aeronáutica, valem atualmente 1% do PIB nacional, sendo que a intenção era de chegar aos 2%, no entanto, este acordo pode por em risco este crescimento.
No backstage da aeronáutica, é levantada a possibilidade de um acordo entre a Embraer e a concorrente mundial da Airbus, a Boeing, e também aqui, os resultados serão imprevisíveis para o Portugal e o Alentejo.
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