4 Agosto 2016      08:44

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A BACOQUICE DO NOVO IMI

Inicialmente pensei abordar a promiscuidade de interesses que é o Sec. de Estado dos Assuntos Fiscais ir a convite da GALP ao Euro 2016, quando existem conflitos judiciais que envolvem mais de 200€ milhões entre o Estado e a Galp.  Tal é a falta de ética existente, que não adianta estar a tecer mais comentários sobre este mesmo assunto. Simplesmente lamentável e de evitar por completo. A credibilidade de Políticos sérios vê-se, também, neste tipo de atitudes.

Entre a falta de ética e a bacoquice do novo IMI, acabo por optar por escrever sobre o Decreto-lei nº 41/2016 publicado na passada Terça-Feira.

Transcrevo uma frase dita por um dos principais dirigentes do PS, João Galamba:

“Ninguém compreende que uma senhora que vive numa cave e outra que vive no último andar com uma vista fabulosa de Lisboa paguem exatamente o mesmo IMI. Só por estarem no mesmo prédio, as casas são diferentes, têm valor de mercado diferente”,”

Por este prisma, será que todos nós deveríamos pagar menos impostos por termos este tipo de Políticos a governar e a representar-nos e eles por cada disparate que propagassem, pagassem mais?

Esta nova legislação sobre o aumento de impostos nos Imóveis cuja localização detenham melhor vista e apanhem mais sol, era escusada. Quando um País tem tanto para reformar. Tem tanta temática para discutir. Tanta legislação ultrapassada e sem sentido para alterar. Eis que, este governo foca as suas mudanças e as suas prioridades neste tipo de matéria. Esta atitude diz o governo, de justiça fiscal, é uma tentativa de ridicularizar ainda mais a imagem que os cidadãos têm da governação política.                                                    Sabemos que este Governo está apertado com a obrigação de cumprir um défice de 2,5% até ao final do ano. É verdade que a Comissão Europeia, apoiada pela UTAO, sugere que Portugal tome medidas adicionais no valor de 466€ milhões para atingir o objetivo do défice.

Mas não é certamente com este aumento fiscal encapotado que o governo apoiado pela Esquerda Portuguesa irá cumprir os seus compromissos Europeus. Esta coligação PS-BE-CDU tem que ter limites no sentido de não se inventarem medidas como esta do IMI, para distrair Bruxelas.

O Governo Socialista, tem vindo a sentir-se cada vez mais apertado no sentido de piscar o olho à sua Esquerda e ao mesmo tempo, ter que cair na realidade dos números a cumprir.

Exige-se nos tempos que decorrem, coerência, sentido de estado e pensamento a médio-longo prazo para o desenvolvimento e crescimento do País. Estas medidas não passam de pensamentos provincianos que a própria Esquerda nem sabe de que lado fica.

Se a bacoquice pagasse imposto, seriamos certamente os 1º no ranking dos países da União Europeia.

 

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