Hoje assinalam-se 42 anos do Vinte e Cinco de Abril, ao mesmo tempo que se celebram 40 anos da Constituição da República Portuguesa.
Hoje, mais do que nunca, assistimos a várias discussões que nos levam a ponderar o conceito de liberdade.
Questões como a liberdade de acesso ao Ensino com a fixação de taxas no Ensino Superior e como a liberdade de género, com a aprovação de legislação que possibilita a adopção por casais do mesmo sexo são alguns dos exemplos de áreas em que a liberdade ainda está longe de ser totalmente conquistada.
O caminho agora iniciado peca por tardio, devido a várias vicissitudes que levaram ao arranque e ao retrocesso de tais medidas fruto de ambições que pouco ou nada tinham a ver com a natureza destas medidas.
Uma das maiores liberdades conquistadas – a liberdade de expressão, tem estado cada vez mais em voga na nossa praça.
As redes sociais, vieram trazer uma sensação de impunidade a quem a elas recorre. Escreve-se apenas por escrever, e critica-se apenas por criticar, sem ter noção do que se escreve e do que ou como se critica.
Diria que, quanto a estas liberdades, todos temos ainda que aprender e que crescer para nos adaptarmos à sua dimensão.
Tal como o conceito de liberdade, também a Constituição tem visto o seu lugar e o seu valor cada vez mais reconhecido.
Após anos de desrespeito imune, os artigos da Constituição voltaram a ter a sua força e a seguir as pretensões da Assembleia Constituinte.
Não poucos têm sido os diplomas que, após análise do Tribunal Constitucional, têm voltado para a gaveta da qual nunca deveriam ter saído.
Quatro décadas, depois, os valores de Abril estão mais actuais do que nunca, cabendo-nos a nós continuar a fazer a Revolução.
Que a força não nos falte.
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