28 Dezembro 2016      09:57

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2016 UM “ANO DE LOUCOS”

"A SELVA"

Com grandes perdas

O ano de 2016 foi sem dúvida marcado por perdas, pelo desaparecimento de grandes personalidades que marcaram o século XX.

Em todas as áreas da sociedade perdemos pessoas que deram um grande contributo nas conquistas da humanidade e do país: Muhammad Ali e Cruijff no Desporto; Prince, David Bowie e Leonard Cohen na música; Almeida Santos na Política; Alan Rickman e Nicolau Breyner na representação; Umberto Eco pelos contributos historiográficos ou João Lobo Antunes e Nuno Teotónio Pereira na Medicina e Arquitectura, respectivamente.

A todos estes, e a muitos outros que não foram mencionados, faço uma pequena homenagem por tudo o que nos deixaram, todos os contributos que deram e por terem marcado a nossa história e a nossa memória.

 

Com conquistas impossíveis

Um dos grandes acontecimentos foi a vitória no Europeu de Futebol, conquistando uma prova que nos escapava por entre os dedos há anos. Mesmo com grandes gerações de futebolistas, nunca tinha sido possível dar uma alegria aos portugueses daquela dimensão, conseguimo-la em 2016.

Não querendo repetir o que escrevi na anterior crónica, tenho de mencionar novamente a eleição de António Guterres para Secretário-Geral da ONU, pois representa, com toda a justiça, a ascensão de um homem que certamente trará conquistas muito positivas para a humanidade.

 

Com grandes transformações políticas

As transformações políticas foram de tal ordem que se torna difícil de as sintetizar de forma equilibrada, tanto a nível nacional como internacional.

A morte de Fidel Castro, deixa o mundo a pensar qual será o futuro da ilha cubana, como será a partir daqui? Quando morre um homem que, a bem ou a mal, marcou os últimos 50 anos de governação, fica sempre um vazio e a questão no ar: existirá uma mudança efectiva naquele país ou ficará tudo na mesma?

Nos EUA, a vitória de um “louco” assusta o mundo, põe em causa as liberdades essenciais e gera incerteza quanto ao futuro e equilíbrio de forças a nível internacional. Pode correr muito mal se o novo presidente cumprir tudo o que prometeu em campanha! Para bem de todos esperemos que tenha algum bom senso e seja moderado nas suas acções.

Em Portugal, é com enorme satisfação que assisto à manutenção da “Geringonça”, pois, além de ter transformado a política quebrando antigos preconceitos de incompatibilidade das esquerdas, tem verdadeiramente promovido uma política alternativa ao sufoco que vivemos nos últimos anos.

Ainda ligado a isto, é essencial sublinhar o desempenho do Presidente da República que, com um ou outro percalço isolado e sem gravidade maior, tem feito um trabalho louvável, tanto na cooperação e entendimento com o governo, como no contacto com as pessoas.

 

Imagem de newevolutiondesigns.com