8 Julho 2015      17:19

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CRASH NA BOLSA DE PEQUIM?

O Diário Económico on-line defende na sua edição de hoje que Pequim está incapaz de travar o colapso da sua Bolsa de Valores.

Empresas no valor de 1,27 biliões de euros já suspenderam a negociação dos seus títulos, numa altura em que a praça chinesa caiu 38,5% e em que alguns especialistas apontam para quedas de mais 35%, como é o caso da Oxford Economics, em declarações à CNN.

E no meio da queda há exemplos de empresas chinesas que detêm empresas portuguesas e que acompanham as quebras. É o caso da Fosun International, dona da Fidelidade, que já caiu 32%.

Para os analistas bolsistas a suspensão das entradas em bolsa, ordenada pelas autoridades chinesas, é um sinal que significa "crash" bolsista. O Banco Central da China prepara-se para injectar 7,4 mil milhões de euros no mercado, naquela que já é a quarta operação semelhante em menos de 10 dias, tudo para manter a liquidez das instituições financeiras.

O preço das acções está assim a ser sustentado pelas autoridades chinesas, que apostam tudo nos ganhos dos mercados para manter a confiança na economia chinesa. O que parece um jogo arriscado tendo em conta que as perspectivas de crescimento da economia chinesa estão nos 7%, o valor mais fraco das últimas duas décadas, enquanto que a bolsa de Xangai já chegou a acumular uma valorização de 60% desde o início do ano, como adianta o Diário Económico.

Entretanto a Bolsa Chinesa já perdeu 3,2 biliões de dólares, o que parece não preocupar a economia real chinesa, que depende pouco da bolsa chinesa para se financiar. Ao que parece o colapso afetará apenas especuladores e empresas financeiras, diz Craig Botham, um economista da Schroders.