16 Junho 2015      19:37

Está aqui

COMBATE À DESERTIFICAÇÃO

Celebra-se amanhã, 17 de junho, o Dia Mundial de Combate à Desertificação com uma sessão pública comemorativa, em Mértola, na Escola da Herdade de Vale Formoso (Vale do Poço).

Numa iniciativa da Comissão Nacional de Coordenação de Combate à Desertificação, através do Núcleo Regional de Combate à Desertificação do Alentejo, Direção Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo e Câmara Municipal de Mértola.

 

PROGRAMA

15h | Sessão de boas-vindas e abertura das Comemorações

15.30h | O Ano Internacional dos Solos e o Combate à Desertificação – Carlos Alexandre Presidente da Sociedade Portuguesa de Ciências do Solo e representante da Parceria portuguesa para o Solo

16h | Valências da Herdade de Vale Formoso – síntese do trabalho desenvolvido e perspetivas para o futuro – Carla Bettencourt (DRAPA) e Maria José Roxo (responsável técnica do Centro de Experimentação do Baixo Alentejo; investigadora das atividades do centro e especialista nacional para a CNUCD)

17h | Nomeação das entidades galardoadas com o “Dryland Champions Programme 2015 da CNUCD: ADPM / Chã do Norte (Cabo Verde); ALDEIA; CORANE / AMBI-AMPLEate; In LOCO / Variedade de sementes tradicionais – entrega de diplomas

18h | Visita à Herdade de Vale Formoso – Centro Experimental de Erosão.

 

Entende-se por Desertificação o processo de transformação e empobrecimento dos solos, tornando-os semelhantes ou iguais ao ambiente de um deserto, por como resultado da ação humana sobre a natureza. Ocorre em regiões que possuem climas muito secos, de clima árido, semiárido e sub-húmido seco.

As principais causas da desertificação são o desgaste do solo por o uso intensivo (sem pausas), queimadas e práticas inadequadas da agricultura (como o uso de substâncias tóxicas nas plantações), o uso dos terrenos para pecuária ou o corte abusivo de árvores (sem reflorestação).

Qualquer dos processos enunciados deixa o solo desprotegido, sofrendo mais com o aquecimento provocado pelo sol e com os processos que formam as erosões, surgindo a desertificação.

Os efeitos deste fenómeno são gravíssimos e variados, afetando não só o ambiente (os solos tornam-se inférteis e desaparece toda a vegetação e vida animal), mas também o ambiente, a economia e a sociedade em geral.

Em 2009, já Luís Silva, do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), alertava para zonas em perigo iminente quer no Alentejo, quer no Algarve: "Na serra do Caldeirão já se nota uma elevada mortalidade entre a flora, como nos sobreiros”.

Também as Nações Unidas revelaram preocupações com a situação da Península Ibérica e alertaram para o despovoamento do Sul e interior de Portugal, apontando como soluções par ao problema a adequação e modernização das políticas agrícolas, mais emprego, educação e um reordenamento do território que incentive as pessoas a cuidar da terra nestas regiões.