24 Setembro 2015      22:54

Está aqui

A CAMPANHA

Dizia Winston Churcill :

“A diferença entre um estadista e um demagogo é que este decide a pensar nas próximas eleições, enquanto que o primeiro decide a pensar nas próximas gerações.”

A Campanha está aí.

Muitos são os programas eleitorais que em tempo de eleições abusam em promessas, que de forma irreal vão manipulando e enganando os seus concidadãos eleitores.

Esta semana, começou oficialmente  a campanha das Legislativas 2015, em que a pré-campanha bem espremida se resumiu ao último debate dado nas três principais rádios nacionais em que pôs frente-a-frente Pedro Passos Coelho, candidato pela Coligação Portugal à Frente e o principal lider da Oposição, António Costa. Contrariando outros debates e acções de pré-campanha em que se perdeu muito tempo a falar do Passado, neste debate e muito devido à óptima prestação dos três Jornalistas que o moderaram, se falou do Futuro e o que difere um programa do outro.

Como abordei num artigo passado sobre a (in)sustentabilidade da Segurança Social e a necessidade de se discutir prioritariamente este tema, as reformas e pensões foram as temáticas mais discutidas no último debate. Percebeu-se também duas posições distintas entre os principais candidatos. De um lado Pedro Passos Coelho apelou publicamente a um entendimento com o Partido Socialista para reformar a Segurança Social. Do outro lado, percebeu-se que António Costa não quer chegar a entendimentos e que tem dificuldade em explicar o que é sustentado no seu próprio programa político para a área da Segurança Social.                                                                                                              

Repito novamente, urge reformar-se a Segurança Social. Reparemos apenas num breve exemplo: Na década de 60, data em que este sistema foi formado, existiam 21,1 trabalhadores a descontar por cada reformado. Hoje, existem 1,4 trabalhadores a descontar por reformado. Sendo a tendência destes números piorarem, é mesmo necessário que os principais Partidos Políticos convirjam neste tema, para se fazer uma profunda reforma a bem do futuro das nossas gerações.     

Entretanto no que concerne às várias sondagens que têm saído, mesmo com resultados diferentes uns dos outros, tudo leva a crer que será difícil uma Maioria Absoluta. E a acontecer uma maioria relativa, estarão os Principais Partidos preparados para governar? Duvido!

Caso venha mesmo a existir uma maioria simples, é importante que a Oposição pense no País, no seu futuro e não nas suas posições e interesses partidários. No entanto, é de notar a total irresponsabilidades das palavras proferidas por António Costa relativamente ao chumbo do Orçamento de Estado caso venha a perder as eleições. Um candidato e principal líder da Oposição vir a dizer isto PUBLICAMENTE só demonstra falta de Estadismo e falta de responsabilidade. Um argumento politiqueiro, que só alimenta a falta de confiança numa próxima legislatura de maioria relativa.

Contrariando as sondagens, é necessário um Governo de maioria absoluta. Um Governo que crie estabilidade, que seja responsável, que continue a reforma do Estado. Um Governo que olha para o futuro do País com sentido de Estado e que esteja preparado não só para os dar ao País boas notícias, mas que tenha a coragem e a resiliência necessária para resolver os problemas.

Se conseguimos ultrapassar a austeridade, mesmo que com muitas dificuldades, estou certo que se os Eleitores derem o seu voto de confiança na Coligação Portugal à Frente, o País, agora sem troika, continuará o seu crescimento económico, o emprego aumentará, as empresas e as suas exportações crescerão e mais importante ainda: não cairemos novamente na tentação de deitar tudo a perder com despesismos e voltar a pedir um 4º resgate.