A história conta-se em poucas linhas.
Um movimento de cidadãos apresentou uma petição na Assembleia Municipal de Évora com vista a proibir circos com animais no concelho. No seguimento da petição o PS apresentou uma recomendação à Câmara Municipal (CDU) para que os proibisse, o que foi aprovado por maioria, com os votos contra da CDU.
O BE entretanto demonstrou determinação em estender a proibição às touradas, o que levou os partidos com assento na Assembleia Municipal de Évora a pronunciarem-se prudentemente, como noticiámos aqui. O PS a defender que dará liberdade de voto aos seus eleitos por se tratar de "matérias de consciência individual" e o PSD a defender que analisará o assunto quando ele for colocado e a lembrar que as touradas têm um valor económico objectivo, sendo que a sua proibição afetará esta economia. A CDU preferiu então não fazer qualquer declaração.
Quando confrontado com a possibilidade da proibição dos circos com animais no concelho se estender às touradas, o vereador da Câmara de Évora, João Rodrigues (CDU) admitiu que sim, embora o assunto ainda não tivesse sido colocado. "poderá, é uma questão que ainda não se colocou" foi a sua resposta à Rádio Campanário.
O que provocou uma reacção dura da Federação Portuguesa de Tauromaquia, defendendo em comunicado que seria ilegal a uma Câmara probir a realização de Corridas de Touros, já que esta é uma matéria exclusiva do Estado Central.
Entretanto a Câmara Municipal de Évora viu-se forçada a prestar esclarecimentos através de um comunicado publicado na sua página do facebook onde declara que "não é intenção deste Executivo Municipal aprovar normas ou regulamentos que contrariem as leis nacionais." A Câmara Municipal considera ainda como abusiva a extrapolação "do teor das declarações do Vereador João Rodrigues à Rádio Campanário sobre a referida Recomendação".
O Tribuna Alentejo continuará a acompanhar o assunto.
Na capa, Vereador João Rodrigues no meio. Imagem da Assembeia Municipal de Évora.