26 Agosto 2015      12:16

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ALERTA NO ALQUEVA

Tal como o Tribuna Alentejo noticiou no passado junho, o desastre ambiental em Alqueva pode estar mesmo próximo.

Quem o admite agora é a própria EDIA, que refere que a praga de jacintos está já em território português, na zona de confluência do rio Caia com o rio Guadiana.

O jacinto-de-água (Eichhornia crassipes) é uma planta infestante, invasora, originária da bacia amazónica tem folhas aéreas verdes e flores azuis ou violetas com 5 a 7 cm de diâmetro agrupadas em espigas de 15 cm contendo cada uma cerca de 8 a 12 flores.

O seu perigo consiste na reprodução e expansão excessiva da espécie sobre a superfície da massa de água, o que origina obstrução da luz solar e impede o desenvolvimento de algas e de outras plantas aquáticas, dificultando a oxigenação da massa de água e reduz a biodiversidade presente, além de entupir canais e impedir a navegação, limitando o uso recreativo e piscícola das massas de água.

Durantes uns tempos, esta ameaça esteve contida e retida na zona de Mérida, mas agora, e após ultrapassar as variadíssimas barreiras colocadas pelas autoridades espanholas, chega a território português.

Esta que é uma das mais perigosas e resistentes pragas aquáticas está assim a cerca de 3 quilómetros da bacia da albufeira de Alqueva.

Desde há muito existe uma total articulação de meios das autoridades portuguesas e espanholas para travar esta praga. Do lado espanhol foram colocadas sete quilómetros de barreiras tentando travar a progressão e também a EDIA colocou também duas barreiras umas delas na fronteira.

Já em 2012, as autoridades espanholas tinham reconhecido que alguns fragmentos da planta teriam passado as barreiras de proteção, e que, se a mesma chegasse à bacia de Alqueva, aconteceria um desastre ambiental de "consequências graves".

As autoridades reconhecem o perigo, e a gravidade na degradação da qualidade da água que uma epidemia desta planta pode causar na barragem de Alqueva.

 

Imagem daqui.