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Ricardo AI-AI

O novo Karl Marx, provavelmente, já nasceu

Tanto já terá nascido como, andará por aí a aguardar o seu momento, terá entre 12 e 22 anos de idade, será um jovem estudante na escola ou na universidade, fará parte de grupos de contestação climática, posteriormente, do movimento associativo e, invariavelmente, fará parte de um partido, ou dois, caso o primeiro seja um erro de casting, entrará no mercado de trabalho, e ao cabo de dois ou três anos de precariedade concluirá que está a vender o seu suor, o seu desgaste e a sua saúde em benefício de uma monstruosa máquina aparatosa que não o beneficia a si, mas sim a 1% de uma população ultr

Os tumultos no Sahel vão sair-nos caro

Um general ouviu dizer que ia ser demitido e, como tal, decidiu pôr em marcha um golpe de Estado e derrubar o governo. Não porque discordasse ideologicamente deste, não porque houvesse uma crise de fome, não porque houvesse revolta popular, simplesmente porque sentiu que iria ser afastado.

O país do “anda tudo a gamar”

É de assumir como unânime que, em Portugal, quem não sair de uma taberna ou de um almoço familiar sem ter dito, pelo menos cinco vezes, que “os políticos são todos os mesmos”, que “andam todos a meter ao bolso”, que “andam todos a gozar com quem trabalha” (trocadilhos televisivos à parte), que “isto é tudo uma cambada de larápios” e que “anda tudo a gamar”, não se consegue sentir português a 100%.

Trump. O vírus que veio para fortalecer o sistema imunitário democrático

Foi na manhã do dia 9 de novembro de 2016 que acordei com a notícia de que Donald Trump havia sido eleito presidente dos EUA, de longe a prenda de aniversário mais inusitada que alguma vez recebi, devo dizer.

À data recordo-me de ter recebido a notícia com choque, porque embora a probabilidade de Trump vencer fosse muito equivalente à de Hillary, o meu eu racional mais sensato sempre acreditou que à boca das urnas o povo americano decidisse eleger alguém mais previsível no seu comportamento e mais apto para o cargo.

Moçambique não é menos que Timor

Aquilo a que hoje se assiste em Cabo Delgado só poderá ser comparado ao pior período da guerra civil. Desde há vários meses que a violência dos grupos armados tem vindo a subir, com fortes suspeitas de que estes se tenham juntado ao Daesh para obtenção de treino e armamento. A pegada deixada por estes grupos nos últimos meses cada vez mais se assemelha aos níveis de crueldade e asquerosidade das acções perpetuadas pela dita organização jihadista.