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Pensamentos

O fumo da saudade

O cigarro em cima da mesa redonda com o formato da tua boca queima à medida que o meu fado é desenhado.

O cheiro já entrou dentro de mim e o meu coração sorri com a recordação, os meus pulmões pedem por mais e dou por mim a implorar por ti.

Só, encosto a minha cabeça à parede fria e o meu corpo rapidamente reage, encolhendo com a temperatura desagradável.

Lição ao meu eu heurístico e existencialista

Sacrifico o meu coro ao afirmar que já não és a mesma menina escritora, até porque já foste capaz de admitir que a fragilidade humana está incutida no nosso sangue, e não estamos aptos a suportar todos os choques desta vida que atingem o (a) nosso (nossa) corpo (alma). A vida mata; o amor mata, e deixa-me que te diga que não voltaria a deixar morrer o meu interior outra vez; só para poder sentir a intensidade dessa tua vida repleta de benevolência, dessa tua dor. Mas sabes que a felicidade corrói a inevitabilidade da humanidade e, consequentemente, também a minha pele.

FILOSOFIA DAS COISAS

Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Duas coisas nunca são iguais e a filosofia vai muito mais além. Bem, será porventura errado falar em coisa. É vago e disperso. Há nas coisas, a que é uma e a que é a outra, uma utilidade subjacente. Tudo isto se concretiza num grande saco de penas, uma almofada.