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Marcos Baptista

OS MIÚDOS VADIOS QUE FERIRAM DE MORTE A CAPITAL FRANCESA

O dia 13 de Novembro foi, indelevelmente, um dia diferente para todos os Franceses. Primeiro um balanço terrificante das consequências de um massacre já com precedentes e, logo de seguida, a conclusão nada animadora de que ninguém está a salvo. Alguns ensinamentos são a retirar dos acontecimentos. A confusão, o estado de sítio e a falta de esclarecimento aproveitará sempre ao agressor no seu intento de nos subjugar.

A NOVA PROFISSÃO DE ENFERMEIRO

A recente confirmação da anulação das eleições de 2011 para a ordem dos enfermeiros, pelo Tribunal Central Administrativo, instiga-nos a refletir acerca do real valor desta profissão. Em causa está a realização de um ato eleitoral - o que se destinava a escolher a constituição da nova ordem dos enfermeiros - anulado pelo tribunal administrativo de Lisboa, em Dezembro de 2011. A então lista B, invocava a existência de várias irregularidades cometidas pela mesa da assembleia da secção regional sul.

TEORIA DA CUNHA

Existe, em Portugal, pelo menos uma teoria que todos conhecem. Essa teoria é a teoria da cunha e enuncia-se da seguinte forma: todo o individuo, independentemente das suas qualificações e do seu mérito, está apto a aceder a um estatuto, a uma remuneração ou a um título se conhecer as pessoas certas. A cunha é assimilável a um reflexo de sobrevivência que se impõe a todo ser humano nascido em Portugal.

Emigração: de que é feita a mala que outrora era de cartão

A emigração é uma história banal contada em língua portuguesa. Começa, quase sempre, por ser contada na terceira pessoa do singular, ainda antes de ser narrada na primeira pessoa. Primeiro contempla-se o exemplo dos nossos pares que, destemidos, partem à procura de um futuro melhor e mais prometedor. Vamos, assim, alimentando o fogo com a lenha da frustração. E esperamos frustrados! Esperamos frustrados!

Antissemitismo: o snobismo dos pobres

Quando a sociedade se organiza em torno de cultos, religiões ou raças o resultado é o espanto. Aquele espanto que empregamos para exprimir o desencanto de viver numa sociedade que, em pleno século XXI, ainda tolera os actos persecutórios mais bárbaros. Hoje em Copenhaga, ontem em Vincennes e outrora em Auschwitz. Depois surge a questão de saber que terão feito os judeus europeus de tão mau ao longo da história para merecer tão atroz destino.

O Monstro!

E eis que volvido mais um ano se cogita, entre algures e nenhures, no quão importante e mui nobre é a vida. A vida de todos os dias, que se organiza em torno da necessidade de se obter retribuição pelo trabalho e, bem assim consumir até ao último cêntimo dos nossos, cada vez mais, elegantes salários.

Convicção intimamente firmada

A íntima convicção é um artefacto legal que confere ao julgador a possibilidade de apreciar um meio de prova com base nas suas crenças.

Se no sistema judiciário este método é usado com parcimónia, é no dominio do escrutínio público que este método adquire toda a sua importância.

Desemprego. O tratamento diferenciado

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A emergência que nos move, hoje, é a convicção intimamente firmada de que a questão do emprego encerra muito mais significados do que aqueles que lhe são tradicionalmente assacados ora pelos órgãos de comunicação social ora pelos digníssimos economistas que se debruçam sobre o tema. O advento do desemprego de uma, duas ou três pessoas num agregado familiar não se confunde com a manchete sensacionalista de uma taxa de desemprego em queda, desde Maio do ano passado.

Aos que jazeram mortos naquele areal

No dia 6 de junho comemorou-se os 70 anos da coragem dos homens. Os 70 anos que algures nas praias remotas da Normandia Francesa as tropas alemãs viam irromper pelas praias homens, carros e muita vontade de vencer uma guerra sangrenta. Por vezes a historia mais abstrata dos números e o protagonismo dos decisores da altura fazem calar a história dos homens, a mesma que nós tentamos agora resgatar.

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