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Jogo

FIASCO

Drumbliava entre drumbles e brumbíades. À noitinha, quando já não se via nada, saía da toca onde se escondia e preparava-se para fazer as malandrices que fazia quando as pessoas começavam a ver menos e algumas a fechar os olhos. Era uma criatura muito matreira, que poucos tinham visto mas muitos tinham já ouvido falar, amplamente, diria eu. Era de uma espécie que só há pouco tempo os cientistas conseguiram identificar – Drumbliofes agudus mas era conhecido na gíria humana como Fiasco. Havia unanimidade em relação a dar-lhe esse nome.

JOGO DE CARTAS

Manuel só tinha um vício: jogar às cartas. Jogava todas as tardes. Jogava sempre com o mesmo humor, à bisca, à sueca, aos três setes e à lerpa. No clube recreativo, lá no meio da vila, mal passava a hora de almoço, lá se dirigiam, Manuel e os seus amigos, para mais umas partidas. No meio, umas minis frescas pagas pelos que perdiam. Ora venha lá mais uma rodada. O jogo exigia sempre muita concentração. Nem sempre a habilidade servia para ganhar o jogo. Dependia muito da mão e da capacidade do parceiro para perceber a comunicação não-verbal e os trunfos. A qualidade das cartas, já gasta de tanto jogar, ajudava a conhecer o baralho e Manuel era um dos mais experientes. Já nem se lembrava bem da última vez que tinha perdido um jogo.

O SONHO ALENTEJANO

A calma e bucolismo alentejano são admirados um pouco por todo o mundo. Quer seja alentejano ou não, quem não gostaria de ter um monte alentejano? E se a juntar a esse monte fosse também produtor de vinho?