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Gonçalo Camarinhas

NÃO PODEMOS SYRIZAR

A Europa e principalmente a zona Euro entraram numa nova fase a partir das negociações da última semana no que respeita à Grécia.

O meu primeiro artigo no Tribuna do Alentejo em Janeiro, foi sobre a vitória do Syriza na Grécia e as consequências do seu programa eleitoral. Estamos em meados de Julho e só passados estes meses todos parece que se fez fumo branco para os lados de Atenas e Bruxelas.

A (IN)SUSTENTABILIDADE DA SEGURANÇA SOCIAL

Fez sensivelmente um ano em que eu assistia num Congresso sobre Ensino Superior no Interior a uma apresentação da Sra. Reitora da Universidade de Évora, Prof. Doutora Ana Costa Freitas. Recordo-me que a Mesma salientou como bom exemplo uma reforma educacional num País Nórdico em que depois de se ouvirem todas as partes envolvidas e interessadas, a reforma foi aprovada com a condição de que essa mesma legislação só pudesse ser novamente aberta a discussão 10 anos depois, independentemente do Partido que estivesse no Poder durante esse período.

A credibilidade do Dr. António Costa

António Costa renunciou ontem, dia das mentiras, ao mandato na Câmara Municipal de Lisboa.

Se bem nos recordamos, faz em Maio um ano que António Costa se disponibilizou, oficialmente, para liderar o Partido Socialista e ser candidato a Primeiro-Ministro de Portugal com a justificação de que o resultado eleitoral das Europeias, em que o PS venceu com maioria simples, não era aquele que alguns dirigentes e muitos militantes do PS ambicionavam – a maioria absoluta.

António José Seguro foi apanhado de surpresa. Não só porque o avanço de Costa surgiu logo após duas vitórias consecutivas (Autárquicas e Europeias), mas também porque foi através da liderança de Seguro que o Partido Socialista voltou a estabilizar depois da pesada derrota de José Sócrates nas Legislativas 2011, em que António Costa era o seu braço direito partidário.

Qual a resposta de Seguro? Dar início à reforma do Sistema Político-Partidário do País, ao avançar com as primeiras eleições Primárias em Portugal. Seguro sai do PS com uma derrota pesadíssima, mas vai ficar marcado na história da política portuguesa como o Político que aproximou os partidos políticos da sociedade civil. Algo que era necessário e urge debater uma reforma ainda mais significativa.

"A antítese grega" por Gonçalo Camarinhas

Alguém proferiu que os Gregos escolheram “entre o passado e o futuro, entre o progresso e o retrocesso, entre a dependência e a independência nacional”. Não… Não foi Alexis Tsipras. Esse Alguém foi um antigo Primeiro-Ministro Andreas Papandreou no ano de 1981.

Passado 34 anos Tsipras tem o mesmo discurso mas um pensamento bem mais radical. Tsipras e o seu Partido, o Syriza, esquecem contudo, que ambos os momentos temporais são completamente diferentes um do outro. Em 1981 a dívida pública era de 25% sobre o PIB Grego, enquanto Tsipras chega ao Poder com a dívida pública nos 177% do PIB. Além de no presente a Grécia pertencer à União Europeia, ter assinado objectivos fiscais fixados nos Tratados Europeus e ser um dos Países pertencentes à zona Euro.

A antítese grega

Alguém proferiu que os Gregos escolheram “entre o passado e o futuro, entre o progresso e o retrocesso, entre a dependência e a independência nacional”. Não… Não foi Alexis Tsipras. Esse Alguém foi um antigo Primeiro-Ministro Andreas Papandreou no ano de 1981.  

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