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Almaraz

Portalegre pede o fecho da central nuclear de Almaraz

A Câmara Municipal de Portalegre, reuniu ordinariamente, na passada semana, e, face aos noticiados acontecimentos de que, na última semana, teriam acontecido anomalias regulares e duas paragens na Central Nuclear de Almaraz, em Espanha - a cem quilómetros de Portugal – a autarquia decidiu avançar com uma moção que defende o encerramento desta central.

Encerrar (a central nuclear de) Almaraz é central e nuclear!

Fala-se que a Central Nuclear de Almaraz (CNA), em funcionamento desde o início da década de 80 e com uma vida útil de 40 anos (deveria encerrar em 2024), poderá ver o seu encerramento adiado por mais alguns anos, caso o desejo dos seus accionistas (Iberdrola, Endesa e Naturgy) obtenha resposta positiva de Madrid.

Portugueses controlam Central de Almaraz com detetor de radioatividade

A Central Nuclear de Almaraz é fonte de preocupação do lado espanhol e do lado português, tendo em conta que está a cerca de 100 quilómetros da fronteira nacional, junto ao rio Tejo, e utiliza a água desse rio para refrigerar os seus reatores. A funcionar desde 1980, já ultrapassou em quase uma década o seu útil de vida e tem apresentado várias falhas, com registo de alguns incidentes nos últimos anos.

Almaraz fecha em 2021?

A central espanhola de Almaraz, junto ao Tejo e a cerca de 100km dos distritos de Portalegre e Castelo Branco, cumpre 40 anos em 2021 e os movimentos antinucleares e ambientalistas defendem o seu encerro nessa data.

Esta semana, o secretário de Estado da Energia do governo espanhol, José Domínguez, realizou um anúncio importante neste sentido e referiu que o governo espanhol não prevê alargar a vida útil de nenhuma das suas centrais nucleares para além dos 40 anos.

A História repete-se no Condomínio Ibérico

Mais uma vez Portugal não foi ouvido e a legislação comunitária foi ignorada por parte do governo espanhol, que defende a todo custo os interesses da indústria nuclear espanhola sem olhar a meios para atingir os fins, ou seja, prolongar a exploração energética de todo o seu parque nuclear até 60 anos. Portugal merece mais respeito!

Urânio: "Espanha volta a omitir informação"

O Eurodeputado Carlos Zorrinho considerou hoje, a propósito da exploração da mina de Urânio em Retortillo, a cerca de 40 quilómetros da fronteira com Portugal, que Espanha omite reiteradamente os estudos de impacto ambiental transfronteiriço, comparando a situação com a construção de um depósito de resíduos de "elevado nível radioativo" junto à central nuclear de Almaraz.

CENTRAL NUCLEAR DE BURGOS ACABOU. ALMARAZ CONTINUA A FUNCIONAR

O governo espanhol mantém a decisão de prolongar o tempo de vida útil da Central Nuclear de Almaraz, a 100 quilómetros da fronteira alentejana e que gera receitas de um milhão de euros dia, segundo dados do Foro Extremeño Antinuclear.

MILHARES DE ALENTEJANOS PODEM SER AFETADOS POR ACIDENTE NUCLEAR

Cerca de 800 mil portugueses, em grande parte norte-alentejanos, podem ser afetados por um possível a acidente nuclear que ocorra na central espanhola de Almaraz, revelou a associação ambientalista Quercus.

Caso aconteça um acidente na Central espanhola onde têm existido alguns problemas de segurança, num espaço de 12 horas após uma explosão a nuvem radioativa entraria em território português, como revela uma simulação do exército português, de 2010, feita pelo Elemento de Defesa Biológico, Químico e Radiológico do Comando das Forças Terrestres e divulgada pela Rádio Renascença.

ZORRINHO INSISTE NA CALENDARIZAÇÃO DO ENCERRAMENTO DE ALMARAZ

O Eurodeputado Carlos Zorrinho participou esta manhã num debate em Bruxelas que discutiu o caso de Almaraz - "Radiation doesn't stop at the border" - The Almaraz Case e que contou com a presença de deputados portugueses e espanhóis e da Comissão Europeia (DG ENER e DG ENVI).

Zorrinho, um defensor das energias renováveis, considera que a solução nuclear tem elevados riscos e que a construção de um armazém de resíduos nucleares em Almaraz "é preocupante pelo risco intrínseco e pelo sinal político".

EUROPA SEM PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA MAIS DE 145 CENTRAIS NUCLEARES

Situada a 100 km da fronteira portuguesa e refrigerada no rio Tejo, que atravessa o país e que desagua em Lisboa, a Central Nuclear de Almaraz coloca simultaneamente desafios de segurança, de gestão de resíduos, de planeamento do seu encerramento e subsequente desmantelamento. 

O problema de Almaraz tem levantado aceso debate entre Portugal e Espanha e avolumam-se as preocupações com as condições de segurança desta e de cerca de 148 centrais nucleares já encerradas mas não desmanteladas ou em fim de vida.

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