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Opinião

Metropolis e outras notas

Metropolis (1927), de Fritz Lang

Simbólico, na época considerou-se que excessivamente. Não poderia ter sido de outro modo, afinal. Vive da grandeza imagética, mas assenta em motivos, em acessos simples – práxis habitual na sétima arte, e mais ainda nos seus primórdios.

Cataratas

Lá bem atrás dos montes da Serra do Caldeirão, numa umbria, onde o sol deixava que a vegetação medrasse com mais força, vivia uma família de dois idosos. Tinham sido já novos há muito tempo, quando ainda só havia a telefonia sem fios e se correspondiam as pessoas, quem sabia escrever, através de aerogramas. Nenhum deles saiba ler ou escrever e agora, nestes dias, o que mais os impressionava, era a mudança que as coisas tinham tido.

Regionalização: 20 anos de arrependimento

Existem os arrependidos, os eternamente convictos, os descrentes e os idealistas. A regionalização serviu para alimentar toda a espécie de sentimentos, pelo menos, ao longo dos últimos 20 anos. Não recuando mais nesta história, vou deixar de lado os vira-casacas, as campanhas sub-reptícias e a comunicação social, tal como o país, centralista e centralizadora.

Uma estrada, tantas histórias…

Muito se tem dito e escrito sobre a tragédia que recentemente afetou a Zona dos Mármores. Um acontecimento nefasto, sentido sobretudo por Borbenses e Calipolenses que, a diário, percorriam este pequeno troço que ligava as localidades vizinhas. Nós, mais que ninguém, sentimos na pele a perda dos nossos conterrâneos e partilhamos a dor das famílias e dos amigos. Algo irreparável e que nunca será esquecido.

Um longo caminho ainda por fazer

Assinalou-se ontem o dia internacional para a eliminação da violência contra as mulheres.

Numa semana em que saíram estudos relevantes nesta área, deve ser aproveitada de vez a oportunidade na criação deste dia para se criarem medidas de combate efectivas.

Ainda esta semana se alertou para a necessidade de um maior rigor na aplicação das medidas de coação nos crimes de violência doméstica.

A pintura de Jean Michel Basquiat e outras notas

Artista com poucos estudos, que não pode viver sem a palavra, sempre presente, por vezes abarcando o quase tudo da obra, em fundo branco, bege ou negro.

Os rostos sem qualificação possível, bocas extensas e olhos não raras vezes de sangue. Quanto aos olhos, naquele ponto para lá da perplexidade, mesmo para lá do medo.

Braços abertos ou em súplica, ou por raiva; suprema raiva – conclui-se. Outras tantas vezes apenas latente. Morreu jovem, pois claro.

Polémica

Em início de época festiva, o peru foi há dois dias, vulgo, Thanksgiving ou Dia de Ação de Graças, e o Natal a chegar, logo a seguir, para não se perder o ritmo, começa a azáfama das pessoas, a busca intensa de coisas, a desculpa de oferecer prendas. Tudo serve de desculpa para comprar qualquer coisa, gastar uns trocados e oferecer, dar, partilhar.

Tempos Difíceis na Zona dos Mármores

Há poucos dias atrás tivemos um grave desastre na estrada 255 que liga Vila Viçosa a Borba. Parte desta estrada desapareceu, levando consigo alguns dos nossos concidadãos que por ali circulavam tranquilamente.

Esta é de facto uma situação que muito me entristece! A perda extemporânea de pessoas é sempre algo terrível. Neste caso, é mesmo muito grave! Quando acontece próximo de nós, tudo ganha maior relevância!

A árvore de Natal matematicamente perfeita

Por esta altura já muitos pensam na decoração da árvore de Natal. Quer se opte pelo tradicional vermelho e verde, ou por cores mais ousadas, a decoração da árvore passa, quase sempre, por fios de luzes, fitas e bolas que, num exercício de paciência, serão distribuídos pela árvore.

Se pretende apenas cumprir a tradição, e não tem grandes preocupações com o resultado final da decoração da sua árvore de Natal, pode optar por usar todos os enfeites que tem guardado ano após ano e parar a leitura desta crónica por aqui!

Cante(mos)

“Um povo que canta não pode morrer.” É esta a frase de Giacometti que tem lugar de destaque na Casa do Cante, em Serpa.

Quase a fazer quatro anos da nomeação do Cante Alentejano como Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO, o Cante reconquistou a sua importância no coração dos alentejanos e é agora presença assídua em eventos e festivais de música.

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