17 Outubro 2014      01:00

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Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca entregue sábado

A 10ª edição do prémio Nacional do Conto Manuel da Fonseca, vai ser entregue neste sábado dia 18, na Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca, em Santiago do Cacém. A obra vencedora foi Contos Infalíveis, de Henrique Santos do Carmo Madeira, que a subscreveu com o pseudónimo José Joaquim Marcelino Madeira. As obras Ruído de Fundo, da autoria de Rui Miguel Oliveira Herbon (vencedor da edição de 2012) apresentado sob o pseudónimo Jesper, e Os Filhos Bastardos e Outros Contos Uterinos, de Marlene Correia Ferraz, apresentado a concurso com o pseudónimo José Luz (autora vencedora do Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís em 2012) foram atribuídas menções honrosas por unanimidade.

O júri constituído por João Morales, José Correia Tavares e Paula Rodrigues justifica a sua decisão – tomada por unanimidade - pelo domínio da escrita, linguagem ágil, originalidade na construção dos enredos, diversidade de ambientes, inclusão de alusões literárias em registo de sub-texto e pelos finais bem encadeados. O júri refere ainda a forma como o início do primeiro conto e o estilo literário do último se completam, alimentando uma certa ironia em torno da oficina de escrita e, de algum modo, fechando um círculo.

O Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca, instituído pelo Município de Santiago do Cacém e concedido bienalmente, tem um valor pecuniário de 4000 euros para a obra vencedora selecionada pelo júri. Nesta edição foram admitidos a concurso 22 originais de autores lusófonos.

Manuel da Fonseca nasceu em Santiago do Cacém, em 15 de outubro de 1911, tendo posteriormente ido para Lisboa, onde iniciou a sua atividade literária. Poeta, romancista, contista e cronista, toda a sua obra é atravessada pelo Alentejo e o seu povo. Ligado ao neorrealismo, evoluiu no sentido de um regionalismo crescente, ligado ao seu Alentejo natal, retratando o povo desta região e a miséria por ele sofrida. Contestatário e observador por natureza, a sua escrita era seguida de perto pela censura. Faleceu a 11 de março de 1993, com 81 anos.