21 Agosto 2014      01:00

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Na Europa para Crescer

A União Europeia é um projecto assinalável no que toca à união entre os povos, e à construção de uma ideia de cooperação e cultura comuns, no caminho para o desenvolvimento e fomento de ideais como a liberdade, a democracia ou a autodeterminação dos povos.

Mas para desenvolver toda esta panóplia é preciso fomentar uma identidade europeia, um sentimento de pertença e complementaridade entre as várias nações, uma base de entendimento e conhecimento entre todos. Este é um princípio importantíssimo no fortalecimento de uma cultura europeia, e só pode ser alcançado se conhecermos o outro, se percebermos e aceitarmos a sua cultura, e se fizermos uma valorização positiva da diferença. Esta diferença pode ser o que separa os vários povos europeus, mas também pode ser o que os une, se for entendida como um veículo de enriquecimento pela diversidade, como uma forma de desenvolver conhecimento e adquirir competências.

E é sustentado nesta realidade que hoje escrevo sobre a necessidade das pessoas, e sobretudo dos jovens, de saírem do seu país numa experiência europeia. Não podemos confundir esta saída com emigração forçada, da qual discordo plenamente e critiquei na última crónica, mas sim como forma de adquirir experiência, novos conhecimentos, e capacidades num país da Europa.

No contexto actual, a saída de um jovem do país para ter uma experiência internacional, pode ser um factor determinante, tanto a nível de desenvolvimento de competências, como a prática da língua inglesa, ou mais tarde um factor-chave no mundo do trabalho.

Portugal tem das taxas mais baixas de participação jovem em termos de mobilidade internacional, mas muitas vezes não é do conhecimento geral as possibilidades existentes para ter uma experiência europeia. Geralmente o programa de mobilidade conhecido por excelência é o Erasmus nas universidades, mas existe muito mais para além disso. Neste momento estamos no início do novo plano de financiamento europeu entre 2014 e 2020, tendo como grande aposta o programa Erasmus +, que vem incluir os anteriores programas de mobilidade de adultos e jovens, simultaneamente, com o ensino superior num só, e para muitos deles nem é necessário ter ou estar a frequentar um curso superior.

Devido à fraca tradição do nosso país em enviar jovens para o estrangeiro, este é um tema que deve ser incentivado, e deve ser divulgado em escolas, universidade e associações de jovens, no sentido de contrariar a tendência, e mostrar como é que os jovens podem fazer para beneficiar dos vários tipos de programa de mobilidade, e ao mesmo tempo, o que podem ganhar com esta experiência. 

Neste sentido, deixo uma palavra de incentivo aos jovens para que se interessem por estes temas, e, que façam uma reflexão e pesquisa pró-activa sobre eles, para que possam beneficiar de uma experiência lá fora, e para que tragam o que de melhor aprenderem para Portugal.

Sport Lisboa e Benfica

Não posso terminar esta crónica sem deixar uma nota de felicitação ao meu Benfica, que para além de ter conquistado mais um troféu, a Supertaça Portuguesa, consegue após 9 anos de inícios de época atribulados, o mérito de começar o campeonato a ganhar. Parabéns Benfica e faço votos para que este seja um ano com muitas vitórias, no caminho de mais um título de campeão nacional.