9 Janeiro 2015      18:03

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Banho de água fria na economia nacional

Apesar da mensagem de confiança do Governo em relação ao ambiente económico ficamos hoje a saber que 4620 empresários, ouvidos pelo Instituto Nacional de Estatística, dizem pretender cortar no emprego porque a procura não justifica, como avança o Diário de Notícias, na sua edição de hoje.
 
Os inquéritos de confiança divulgados (na segunda-feira pelo INE e ontem pelo Eurostat) revelam que a criação de emprego é cada vez menos uma prioridade dos empresários nos próximos três meses.
 
1202 empresários da indústria transformadora, 835 do sector da construção, 1125 do comércio e 1458 dos serviços assumem não ver condições no seu negócio e no futuro de curto prazo da economia para manter o nível atual de empregos. Uma maioria crescente acredita que terá de reduzir força de trabalho. (…) Anteontem, o Eurostat indicou que Portugal e Chipre são os países da Europa com maior agravamento no desemprego. Este está a subir há dois meses seguidos, tendo ficado em 13,9% em Novembro, em Portugal. 
 
Ao mesmo tempo o Vida Económica adianta hoje que o número de empresas inactivas está a aumentar. Cerca de 25% das empresas nacionais têm a sua actividade suspensa, o que significa mais de 100 mil PME que suspenderam as suas transações. Entre 2010 e 2012  segundo dados da Autoridade Tributária, o número de empresas com vendas zero ou sem menção ao volume de vendas subiu de 78 mil para 104 mil.
 
Em 2014 sucumbiram 51 mil sociedades, 42 mil delas por dissolução e 9200 por insolvência. No mesmo ano foram criadas apenas 33 200 empresas.
 
Imagem daqui.