Esta semana saíram as colocações no Ensino Superior. Com o conhecimento da Universidade em que ingressaram, muitos estudantes enfrentam agora o desafio de encontrar um quarto ou uma casa na cidade em que ficaram colocados.
Com o elevado preço das rendas e as escassas condições oferecidas a escolha fica ainda mais difícil para estes estudantes e para os seus mais que, em grande parte dos casos, são os responsáveis pelo suporte destas despesas.
Em cidades como Lisboa, chegam-se a pedir 500 euros por um T0.
Em Évora, cidade conhecida pela sua Universidade, a realidade começa a ser a mesma levando a que muitos estudantes pensem duas vezes aquando da sua candidatura.
Perante este cenário, começa a ser cada vez mais urgente que as entidades competentes comecem a tomar as devidas medidas para a diminuição da especulação imobiliária.
Desde a celebração de protocolos entre senhorios e a Universidade, ao aumento da atribuição de bolsas de estudo, à criação de residências universitárias, muito há para fazer nesta área.
No entanto, a realidade imobiliária mantém-se e a oferta das universidades continua a ser escassa para o número de estudantes que todos os anos entram ou continuam os seus estudos na Universidade.
Ao adiarmos esta tomada de posição, estamos a hipotecar o futuro daqueles que pretendem seguir o seu percurso na Universidade.
Aproximam-se as eleições legislativas e todos os partidos têm agora a oportunidade de apresentar as soluções para a situação aqui exposta bem como a forma de concretização das mesmas.
Temos instituições de Ensino Superior de grande destaque a nível internacional o que leva a um aumento da procurar das nossas Universidades.
A questão é: têm as nossas Universidades o mercado imobiliário que merecem?
Imagem de infohostal.com