18 Janeiro 2017      09:57

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TRABALHO ESCRAVO NA APANHA DA AZEITONA NO ALENTEJO

“É uma vergonha para o Alentejo e para Portugal a forma como continuamos a receber os trabalhadores imigrantes vindos de países pobres”. A denúncia é feita por Manuel Narra, Presidente da Câmara da Vidigueira (CDU) no Baixo Alentejo ao jornal Público. O autarca expõe que há dezenas de imigrantes a dormir num barracão sem condições sanitárias e que trabalham na apanha da azeitona, uma realidade que se repete ano após ano, dada a falta de mão-de-obra local. Entre 80 e 100 pessoas “dentro de uma oficina e outras 30 pessoas dentro de um apartamento, com homens e mulheres misturados, dispondo apenas de um chuveiro e de uma sanita”, descreve.

Manuel Narra vai mais longe e defende mesmo a exsitência de redes mafiosas "que alimentam novas formas de escravatura", tudo porque faltam "mecanismos adequados" para a contratação das pessoas.

Carlos Graça, inspector da Atoridade para as Condições de Trabalho (ACT), não tem dúvidas, trata-se de trabalho escravo e está a generalizar-se por mais locais no Alentejo.

Imagem de capa da Rádio Pax.