Na passada semana, um português esteve em destaque em Espanha e não foi Cristiano Ronaldo. Falamos de Miguel Araújo, investigador da Universidade de Évora, e que recebeu o prémio Rey Jaime I de Proteção do Meio-Ambiente, em Valência, numa cerimónia que foi presidida pelo rei Filipe VI de Espanha.
O investigador português foi destacado pelo seu estudo dos efeitos das alterações climáticas na biodiversidade e há um outro facto de relevo: Miguel Araújo é o primeiro investigador não espanhol a receber este prémio.
Miguel Araújo é atualmente investigador coordenador do Conselho Superior de Investigação Científica de Espanha e investigador convidado na Universidade de Évora.
Além de liderar um grupo de investigação na academia alentejana é também titular da Cátedra Rui Nabeiro – Biodiversidade e é autor de mais de 180 artigos científicos e de mais de uma dezena de livros e capítulos em livros, sendo o único investigador português identificado pela Thomson Reuters como "Highly Cited" na categoria de ecologia e ambiente, além de ter recebido diversos prémios internacionais.
As suas investigações focam-se essencialmente na área das alterações climáticas e, como foi referido pelo centro de investigação alentejano, o CIBIO, foi também responsável pela produção de relatórios sobre os efeitos das alterações climáticas na biodiversidade para os governos de Espanha e Portugal, tendo dirigido o relatório sobre as consequências das alterações climáticas nas áreas protegidas europeias por pedido do Conselho da Europa.
Os Prémios Rey Jaime I são atribuídos, anualmente, desde 1989, e dividem-se por várias categorias: Economia, Empreendedorismo, Investigação Básica, Investigação Médica e Novas Tecnologias, além da já referida Proteção do Meio-Ambiente.
Imagem de maraujolab.com