“Reabilitação dos Habitats de Peixes Diádromos na Bacia Hidrográfica do Mondego”, é o nome do projeto coordenado pela Universidade de Évora (UÉ) e da responsabilidade científica de Pedro Raposo de Almeida e que foi galardoado com o prémio internacional Distinguished Project in Fisheries Engineering and Ecohydrology, atribuído em conjunto pela American Society of Civil Engineers (Environmental & Water Resource Institute), e pela American Fisheries Society (Bioengineering Section).
A cerimónia decorreu no Estados Unidos, no final de junho passado, durante o congresso “Fish Passage 2016”, na Universidade de Massachusetts.
O projeto de Pedro Raposo de Almeida - docente do departamento de Biologia da UÉ e investigador do MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente - foi desenvolvido entre 2013 e 2015. Envolveu um orçamento de cerca de 1.38M€ financiados pelo Ministério da Agricultura e do Mar e cofinanciado pelo Fundo Europeu das Pescas (através do PROMAR – Programa Operacional Pesca 2007-2013), e pela EDP-Energias de Portugal, S.A.
O fim máximo do projeto foi a conservação dos peixes diádromos, ou seja, peixes que vivem entre o rio e o mar. As dificuldades e desafio na preservação destas espécies não é fácil, logo a começar por não existir uma estratégia de gestão integrada; as zonas onde estes peixes se movimentam são geridas por diferentes entidades governamentais. Assim, o objetivo do projeto pretendia a compatibilização entre a conservação dos peixes diádromos e os restantes usos do rio: produção hidroelétrica, abastecimento de água (para utilização industrial, agrícola e doméstica), controlo de cheias, pesca profissional e atividades recreativas como praias fluviais, pesca desportiva ou canoagem.
A Universidade de Évora foi a entidade proponente que contou com o apoio técnico-científico do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, mas o projeto teve ainda mais 11 parceiros institucionais: a Agência Portuguesa do Ambiente (APA, I.P.), o Fluviário de Mora (FM), a Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FFCUL), o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Energias de Portugal (EDP), a Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), o Instituto Português da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), a Confraria da Lampreia, e os Municípios de Penacova, Vila Nova de Poiares e Coimbra.
Mais informação sobre o prémio, aqui.
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Imagem da Universidade de Évora