29 Dezembro 2015      09:55

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OS ÚLTIMOS NÚMEROS DO ANO

“100 NOTAS DE ECONOMIA”

Última nota de economia do ano.

Uma das coisas que fazemos com fulgor nesta altura é pensar, refletir, fazer o balanço do ano que agora termina e as previsões para o que há de vir. E nos nossos pensamentos os números não poderiam deixar de estar presentes. Ora vejam.

1 - Pensamos em tudo aquilo que fizemos durante este ano, e no número de coisas que deixámos por fazer. Compromissos que não assumimos, viagens que não iniciámos, projetos adiados.

2 - Pensamos em tudo aquilo que queremos fazer no próximo ano. Definimos e quantificamos os nossos objetivos. Traçamos as nossas metas! Sonhamos, quando tal nos é permitido. Trocar de carro, conhecer um novo país, ser pai.

3 - E seguimos pensando em mais números…
Como será o próximo ano “naquilo” que nos toca mais diretamente? O ordenado que recebemos mês após mês? Quais serão os aumentos verificados nos preços? Pagaremos menos impostos? Ou os mesmos? Teremos mais benefícios? Agora? E no futuro? Os números do desemprego? As pensões? A EURIBOR? A evolução da nossa dívida pública? A trajetória do crescimento económico? A dinâmica de empreendedorismo? Qual será o impacto da realização do Web Summit no nosso país? Seremos afetados por algum atentado terrorista?

4 - Pensamos nos vergonhosos gastos públicos com a banca. Nos euros sem fim utilizados para premiar a má gestão, o crime e todos os bónus chorudos pagos aos seus administradores. Euros que poderiam e deveriam ter sido canalizados para onde mais falta fazem, como na saúde, por exemplo! É sem dúvida uma economia doente e perversa quando se salvam bancos e se deixam as pessoas morrer nos hospitais!

5 - Pensamos nos milhares de refugiados que são obrigados a fugir dos seus países. Constatamos, com maior ou menor estranheza e incredulidade, que afinal o interesse em vir para o nosso país não é grande. Talvez saibam que também nós temos milhares que são obrigados a fugir de cá. Fugir não da guerra, mas por não terem trabalho, casa ou futuro!

6 - Pensamos nos quilos que ganhámos durante esta quadra festiva e em como os vamos perder.

7 - Pensamos no dinheiro que gastámos a mais e como iremos apertar o cinto para tentar recuperar do rombo, como iremos gerir os cartões de crédito.
 

Pensamos em tanta coisa...tanto número.
Será que pensamos o suficiente nos natais que passaram? Nos nossos familiares e amigos que partilharam esses momentos e que não o voltarão a repetir? Nunca mais?

Será que pensamos o suficiente na quantidade de vezes que dizemos que amamos aqueles que realmente importam?

Será que as vezes que o dizemos são suficiente?

Serão estes os números que no final de contas realmente importam?
Talvez sejam...

Com todas as certezas e sem margem para dúvida, desejo-vos que o ano de 2016 seja o mais positivo possível, pessoal, profissional e economicamente!