20 Novembro 2016      10:45

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O FIM DO PRESUNTO PATA NEGRA?

É considerado o presunto mais caro do mundo. Aqui ao lado do Alentejo, em Cortegana, na Andaluzia, em Espanha, uma edição muito reservada e limitada, pode chegar a custar 500 euros o quilo.

Mas surgiram, esta semana, notícias que Bruxelas pode estar a preparar-se para colocar um ponto final à castração destes animais até 2018, noticia que que colocou em alerta os apreciadores alentejanos e também os espanhóis que tem manifestado o seu desagrado.

Numa peça de Nuno Veiga, no Observador, é revelado que já em 2010 a Comissão havia recomendado alternativas à castração de suínos. Outra fonte, a TSF, revela que , nessa mesma data, terá mesmo sido assinada uma carta de intenções – sem valor vinculativo – por parte de organizações de agricultores europeus, industriais das carnes, retalhistas, cientistas, veterinários e organizações defensoras dos animais.

Segundo os entendidos, a não castração dos animais não permitirá atingir padrões de qualidade mais elevados.

Os porcos que dão origem ao presunto pata negra são castrados de modo a evitar que as hormonas que são produzidas - quando se aproximam da maturidade sexual - não transmitam odor sexual à carne e também porque os suínos castrados produzem carnes com um teor de gordura mais elevado, algo importante para a produção de presuntos de alta qualidade.

Esta notícia deixou em alerta os muitos alentejanos e apreciadores do porco preto um pouco por todo o mundo. O TRIBUNA ALENTEJO tentou obter uma reação junto do Ministério da Agricultura mas, até ao momento, tal não foi possível.

 

Imagem presuntolowcost.blogspot.pt