9 Março 2017      12:08

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EUROPA SEM PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA MAIS DE 145 CENTRAIS NUCLEARES

Situada a 100 km da fronteira portuguesa e refrigerada no rio Tejo, que atravessa o país e que desagua em Lisboa, a Central Nuclear de Almaraz coloca simultaneamente desafios de segurança, de gestão de resíduos, de planeamento do seu encerramento e subsequente desmantelamento. 

O problema de Almaraz tem levantado aceso debate entre Portugal e Espanha e avolumam-se as preocupações com as condições de segurança desta e de cerca de 148 centrais nucleares já encerradas mas não desmanteladas ou em fim de vida.

O alerta veio do eurodeputado Carlos Zorrinho, em sede de Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar (ENVI), onde propôs a criação de um plano europeu de contingência para o encerramento e desmantelamento de centrais nucleares em fim de vida.

“Para quando a elaboração pela UE de um Plano Europeu de Contingência para lidar com as centrais nucleares encerradas ou em fim de vida?”, perguntou o eurodeputado, recordando que o Plano Indicativo Nuclear publicado, em Abril de 2016 pela Comissão Europeia, “sinaliza a existência no Território da UE de 88 Centrais Nucleares paradas mas ainda não desmanteladas” e que mais de metade das 121 centrais nucleares em funcionamento  "já estão a funcionar para além do período recomendado como vida útil”.

Para Zorrinho estes números demonstram bem a "necessidade do Plano de contingência" que propôs.