Tenho medo de mim. Medo dos outros. Medo. Medo. E medo. Estou numa bolha há meses; se rebentar, rebento com ela, e depois?
Quero voltar a sentir a liberdade a bombardear cada vaso sanguíneo meu. Quero beijar o vento, balançar ao seu ritmo e sorrir para o sol. Somos todos peças ingratas que não soubermos dar valor; e agora, choramos implorando por ela. Questiono-me se voltará quando sussurro o seu nome.
Sinto-me parte de um sonho louco coletivo onde se torna um pesadelo de dia para dia. Todos rastejamos até chegar ao toque; mas este corre velozmente.
O que nos resta sem ser saudade? Permanecemos à procura do arco-íris num dia triste e chuvoso. Esperançosos, com a voz tremida, suplicamos pelo final.
Quero ser livre. Deixa-me ser livre. Deixa-me ser eu. Preciso de mim. Preciso de sorrir. Preciso de ar. Preciso da cura. Preciso de liberdade.