6 Setembro 2016      09:04

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JUVENTUDE IBEROAMERICANA

Devido à realização do Fórum Nacional do Organismo Internacional de Juventude para a Iberoamérica (OIJ), que decorreu em Braga nos dias 29 e 30 de Agosto de 2016, auscultando jovens em representação de diversas realidades (descendentes de africanos, ciganos, LGBT, jovens com deficiência, movimento associativo juvenil, entre outros) sobre os vários problemas que a sua geração está a viver, torna-se importante reflectir sobre o papel destes na construção da política e dos valores da sociedade.

Este Fórum, que também irá acontecer noutros países, pretende juntar as conclusões de jovens da Iberoamérica que, com a força que um documento final deste tipo pode representar, irá ser entregue aos governantes dos países envolvidos criando um “Pacto de Juventude”.

Se reflectirmos sobre isto, percebemos que a iniciativa do Fórum da OIJ, em conjunto com outras que têm acontecido nos últimos tempos, figuram os primórdios do novo modelo que aí vem: a co-gestão.

Os dirigentes associativos juvenis, sobretudo a FNAJ – Federação Nacional das Associações Juvenis, têm como grande meta a co-gestão, incluindo os jovens na tomada de decisão política, numa perspectiva desde a base até ao topo, ou seja, desde o poder local até ao governativo na construção de políticas em várias áreas, sobretudo na da juventude.

Será este modelo apropriado? Estarão os jovens preparados para uma participação deste nível de exigência e comprometimento?

Penso que, embora sendo um assunto sensível e com muitos factores que devem ser tidos em conta, será sem dúvida uma forma mais produtiva e inclusiva das políticas irem ao encontro dos jovens, percebendo as suas necessidades e dificuldades, no sentido de os melhor servirem e resolverem os seus problemas.

De facto, uma das principais críticas feitas às medidas para combater a situação precária dos jovens hoje em dia, independentemente do partido ou orientação política dos governantes, é não questionarem o público-alvo da sua actuação (por exemplo no caso das políticas de juventude serão os jovens) sobre quais são as suas necessidades, o que pretendem para o futuro e quais as soluções que apresentariam.

Imagem de capa daqui.