23 Setembro 2020      11:51

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Herdade Maria da Guarda prevê produzir 1,5 milhões de kg de azeite

A Casa Agrícola Herdade Maria da Guarda (HMG), em Serpa, antecipa um bom ano de produção, melhor que no ano passado, devendo ficar nos 1,5 milhões de kg de azeite, com azeitona de grande qualidade, avança o portal Grande Consumo.

Num ano em que o setor agrícola foi fortemente marcado pelos efeitos da pandemia, que obrigaram a ajustes na atividade diária, a HMG continuou a laborar a 100% sem condicionantes na produção, embora cumprindo novos procedimentos de segurança.

A herdade, com a sua produção totalmente dedicada à exportação, tem testado soluções inovadoras e investido continuamente para alcançar melhorias de eficiência, nomeadamente através dos canais de distribuição de água da Barragem do Alqueva, que abastecem todo o campo produtivo e pelo tipo de olival em sebe, que beneficia de rega gota a gota ao longo de 2000 km.

A Itália continua a ser o principal mercado, absorvendo cerca de 70% da produção da HMG, azeite que vende embalado. É de notar que cerca de 80% do azeite produzido em Portugal é classificado de qualidade superior, segundo os critérios internacionais que medem a acidez e as características organolépticas.

João Cortez de Lobão, acionista da Casa Agrícola Cortez de Lobão, afirma que, “num ano marcado por um cenário pandémico mundial, especialmente difícil e com previsões incertas em todos os setores económicos, é com satisfação que podemos antecipar na campanha que vamos iniciar na Herdade de Maria da Guarda uma boa colheita e até um pequeno aumento da produção de azeite em reação ao difícil ano que tivemos no ano passado”.

O responsável acrescenta ainda que, “no ano passado, por termos cometido alguns erros na Herdade de Maria da Guarda, a nossa casa ficou aquém das expetativas, apesar de em Portugal se ter registado um dos melhores anos de sempre na produção”.

O proprietário da Herdade Maria da Guarda conclui que “resta agora esperar neste ano que a nossa boa produção e a de outros produtores seja acompanhada por um preço não-deprimido no azeite nos mercados internacionais, e assim permitir a todos continuarmos a trabalhar para a sustentabilidade do sector em Portugal”.

Recorde-se que o Alentejo tem vindo a reforçar o investimento no setor do olival, que em 8 anos viu triplicar o seu valor, com a produção a situar-se atualmente nos 551 milhões de kg de azeitona, o que representa cerca de 400 milhões de euros. De acordo com um estudo desenvolvido para a Olivum – Associação de Olivicultores do Sul, o Alentejo está no “centro das atenções do mundo agrícola e liderou a atual transformação da olivicultura internacional”, tornando-se “a referência mundial no processo de modernização e de inovação da olivicultura”.