17 Fevereiro 2021      11:51

Está aqui

Governo investe 171 milhões de euros para diminuir seca no Alentejo

O Governo vai investir 441 milhões de euros para aumentar a eficiência hídrica e nos processos de adaptação à seca no Algarve, Alentejo e Madeira, de acordo com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) de Portugal.

Segundo o portal Postal, no documento o Governo considera que é preciso “mitigar a escassez hídrica e assegurar a resiliência dos territórios do Algarve, Alentejo e Madeira, as regiões com maior necessidade de intervenção em Portugal”.

Neste sentido, na região do Alentejo, está prevista a criação de uma reserva estratégica de água, que constituirá uma alternativa ao abastecimento público e permitirá o estabelecimento de novas áreas de regadio.

Esse investimento de 171 milhões de euros, a realizar no Crato, irá responder de “forma integrada a situações de seca extrema” e reduzir a “probabilidade de ocorrência de cheias”. Uma iniciativa considerada pelo Governo como um “projeto âncora para a recuperação económica da região do Alto Alentejo”.

O Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal prevê 36 reformas e 77 investimentos nas áreas sociais, clima e digitalização, num total de 13,9 mil milhões de euros em subvenções, de acordo com a versão preliminar e resumida que foi colocada em consulta pública.

O executivo justifica que, “com base no diagnóstico de necessidades e dos desafios”, foram definidas três “dimensões estruturantes” de aposta (a da resiliência, da transição climática e da transição digital), às quais serão alocados 13,9 mil milhões de euros em subvenções a fundo perdido das verbas europeias pós-crise.

O documento contempla ainda 2,7 mil milhões de euros em empréstimos, mas fonte do Governo garante que “ainda não está assegurado” que Portugal irá recorrer a esta vertente do Mecanismo de Recuperação e Resiliência, o principal instrumento do novo Fundo de Recuperação da União Europeia.

Está também previsto que a maior fatia (61%) das verbas do PRR se destine à área da resiliência, num total de 8,5 mil milhões de euros em subvenções e de 2,4 mil milhões de euros em empréstimos.

 

Fotografia de expresso.pt