24 Janeiro 2021      10:08

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Na Costa Vicentina começou o meu amor por Portugal

A Costa Vicentina são 60 quilómetros que se estendem desde o Cabo de S. Vicente até uma ponta do sul, no porto da cidade de Sines.

A costa é selvagem e pouco conhecida dos turistas, com longos quilómetros de praias com extensos areais, dunas enormes e falésias rochosas. A Costa Vicentina deliciará todos aqueles que amam o contacto com a natureza.

Grande parte da costa está na área protegida do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

A inexistência de um turismo de massas permite uma comunicação calma com a natureza. Posem ser encontrados alojamentos acolhedores nas encantadoras herdades e quintas.

Esta região é muitas vezes rasgada por ventos fortes e a água no oceano é tão fria que não encoraja entrar no mar para nadar. A costa é fabulosa para caminhar e observar a magnífica natureza.

Digo sempre que o meu amor por Portugal começou nas praias selvagens da Costa Vicentina, em 2014, quando visita a região pela primeira vez.

Encontrei o meu paraíso num enorme areal de uma praia em Santo André e depois comecei a descobrir a costa, praia a praia, terrinha a terrinha.

A energia que se sente vinda das praias selvagens e o sentimento de um espaço e luz infinitos foi o que mais me espantou. Como amante da natureza tenho uma enorme necessidade de estar próxima dela e esta necessidade fica plenamente satisfeita na Costa Vicentina.

Amo de forma especial os arredores de Porto Covo com todas as suas praias e aquela maravilhosa vista para a Ilha do Pessegueiro. Também gosto muito de passear ao longo da foz em Vila Nova de Milfontes até chegar ao ponto das estruturas de pedras equilibradas. Para relaxar todo o dia na praia escolho sempre o Malhão. As

Os alojamentos rurais em casas tradicionais alentejanas fazem-me acalmar e livrar da pressa das cidades. Também vale muita a pena fazer uma caminhada ao longo da costa na Praia da Bordeira, Pontal da Carrapateira e Praia do Monte Clérigo. Se for à Arrifana terá a oportunidade de surfar ou pelo menos fotografar silhuetas de surfistas nas longas ondas.

Odeceixe – que é a fronteira natural entre Alentejo e Algarve – é um bom local para almoçar com vista sobre a foz.

Voltarei a todos estes lugares nos meus próximos artigos e darei mais detalhes, sempre acompanhados de bonitas fotografias.

 

Fotografias de Kat Piwecka cedidas ao Tribuna Alentejo

 

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Fotógrafa de celebridades e jornalista de viagens. Nasceu na Polónia, mas encontrou uma segunda casa em Portugal. Tem fotografado Portugal de norte a sul, mais de 30 mil imagens em 300 lugares, o que deu origem ao livro “In love with Portugal”.

https://katpiwecka.com/