18 Setembro 2016      10:20

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CORTICIERA ROBINSON: QUE FUTURO?

Esta pergunta tem sido colocada várias vezes, em vários planos, por várias pessoas, ao longo dos anos, mas só agora parece ter uma resposta.

A fábrica corticeira Robinson é possuidora de um imóvel de interesse público e de património classificado, sendo tutelado pelo Ministério da Cultura, e foi Luís Filipe Castro, Ministro da Cultura, quem garantiu que o futuro do património da antiga corticeira Robinson está a ser analisado pela tutela, assegurando que a Direção Geral do Património fará a declaração necessária para impedir o administrador da insolvência de dar seguimento à alienação do património e preservar o um património cultural da corticeira.

"Nós temos que estudar o problema. De qualquer maneira há um processo de falência, há aqui um processo que tem de ser visto, há aqui um património cultural que tem de ser preservado, mas têm que ser estudados também todos os interesses que estão em presença", disse em declarações à LUSA, aquando na sua visita, esta semana, à cidade romana de Ammaia, no Parque Natural da Serra de São Mamede, em Marvão (Portalegre) e que está classificada como Monumento Nacional desde 1949. Sobre esta cidade, o Ministro revelou que a cidade, a sua conservação e o trabalho desenvolvido são um exemplo e podem resultar num grande polo de atração turística. Disse ainda que pretende encontrar formas para que a Fundação Anmaia e outras instituições, como a Universidade de Évora ou o Museu Nacional de Arqueologia, possam valorizar e melhorar as suas relações e o seu trabalho.

A fábrica Robinson foi fundada em 1837 e ocupa uma área de aproximadamente sete hectares no centro histórico de Portalegre. Declarou insolvência e em 2009 deixou de produzir.

 

Fotografia de Raúl Ladeira para a Fundação Robinson, em 2005