Procurar vencer implica sempre risco e a aposta que a Vila de Portel tem feito em matéria de investimento cultural comportaria sempre um risco, sobretudo quando se trata de levar artistas nacionais e internacionais para um concelho no interior do Alentejo, com pouco mais de seis mil habitantes. Mas feitas as contas o risco tem compensado.
Depois do sucesso da primeira edição, os Serões nos Claustros, um programa cultural assente numa diversidade de artes e performances em palco, volta hoje, dia 7 de junho, aos claustros da Cerca de S. Paulo com os brasileiros Katya Teixeira e Ivan Vilela.
A nível nacional, para além de um consistente número de humoristas, como Jorge Serafim, Rui Xará ou Ana Arrebentinha, Mazgani é sem dúvida o cabeça de cartaz desta segunda edição, num evento que se destaca dos demais pelo seu encanto cénico e arquitectónico.
E detenhamo-nos aqui, o cenário conta porque é deslumbrante. Numa bem sucedida e harmoniosa composição arquitectónica e de luz, os Serões dos Clautros, oferecem todas as noites a partir das 19h00 uma programação que traz à tona performances entusiasmantes nas várias áreas de actuação, com novos sons, novas representações e interpretações que, por norma não têm lugar noutros palcos, pelo menos na região.
Acresce a qualidade da música, teatro, magia, humor, dança e fotografia numa simbiose que é preciso apreciar.
O ano passado, nomes como Dead Combo, Isaura, Manuel Dias, Kolme, João Seabra, Vasco Correia, Edu Miranda Trio, Os Improváveis, entre outros, contribuíram para o enorme sucesso destes serões, que têm o seu quê de elemento de conquista de novos públicos em territórios do interior desenvolvendo deste modo, a capacidade de atrair atenções para o seu património e para as suas riquezas territoriais, paisagísticas e imateriais.
Mas Alentejo também é gastronomia e o evento não se inibe de juntar às artes as da mesa alentejana, porque nem só os olhos comem. E finalmente mas não menos importante, as entradas são gratuitas. Não há desculpas para não confirmarem tudo aquilo que escrevemos. Depois contem-nos.
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