9 Janeiro 2016      12:33

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BATALHA DAS LINHAS DE ELVAS ASSINALADA

As comemorações dos 357 anos da Batalha das Linhas de Elvas - 14 de janeiro de 1658 -  vão iniciar-se já este sábado, dia 9, com um concerto de A Monda – “Cantando e Tocando o Alentejo” no Cineteatro Municipal de Elvas, às 21:30h.

Na próxima semana, no dia 13, as comemorações prosseguem. No auditório de São Mateus, pelas 21:30h, será apresentado um documentário sobre a evolução das obras de reabilitação no Forte da Graça.

A 14 de janeiro, dia do aniversário da batalha e feriado municipal em Elvas, as celebrações vão iniciar-se, pelas 9:30h, nos Paços do Concelho, onde serão hasteadas as bandeiras. Pouco depois, no Padrão comemorativo da Batalha das Linhas de Elvas, no Sítio dos Murtais, decorrerá uma cerimónia de Homenagem aos Mortos, de onde se seguirá em romaria para o Convento de São Francisco, local onde se encontra o túmulo do General André de Albuquerque Riba-Fria.

Mas será às 11 horas, com a realização das cerimónias militares e militarizadas com um desfile das forças em parada, na Rua da Cadeia, que o ponto alto destas comemorações terá lugar. Seguir-se-ão discursos de um oficial do Exército e do presidente da Câmara Municipal de Elvas, Nuno Mocinha.

O programa deste dia encerra com o concerto da Orquestra Ligeira do Exército, às 21.30h, novamente no Cineteatro Municipal, no entanto, as comemorações prolongam-se pelo mês de janeiro.

No dia 16, no Cineteatro Municipal, sobe ao palco a peça “Uma Noiva na Batalha”, pela Associação Arkus e, no dia seguinte, no mesmo local será a vez dos Dançarilhos e do seu espetáculo “POP”.

Outra das iniciativas destas comemorações é a 24ª Corrida das Linhas de Elvas, a ter lugar no domingo, 17 de janeiro, às 11:00, no Padrão das Linhas de Elvas.

A fechar, no dia 30 de janeiro, concerto com os “Lucky Duckies” no Cineteatro Municipal.

Em 1658, após a subida ao trono de D. João IV e que marcou o fim do domínio filipino e espanhol sobre Portugal, um enorme exército – cerca de 14 000 homens de infantaria, 5 000 de cavalaria, com 19 canhões e 3 morteiros de artilharia – acampavam na fronteira do Caia, a cerca de 4 quilómetros de Elvas, sob o comando de D. Luís de Haro. O objetivo: invadir Portugal e Elvas era o primeiro ponto.

As tropas dos dois lados foram-se distribuindo e tomando posições e os espanhóis cercaram a praça-forte no sentido de impedir que Elvas recebesse mantimentos ou auxílio. Mais cedo ou mais tarde a cidade acabaria por cair, no entanto, a entrada em cena de D. António Luís de Meneses, conde de Cantanhede, como comandante geral das tropas portuguesas no Alentejo, e D. Sancho Manuel, como Mestre-de-campo-general, a batalha viria tomar outros contornos. Ainda assim, as tropas espanholas começaram a bombardear a praça de Elvas, com grandes perdas na população e agravando o surto de peste negra que se vivia na época.

O conde de Cantanhede reagiu reunindo em Estremoz um exército para acorrer ao cerco, apesar do tempo para o fazer e das diminutas condições acabou por conseguir organizar recrutamentos em Viseu e até na Madeira, e reuniu as guarnições de Borba, Juromenha, Campo Maior, Vila Viçosa, Monforte e Arronches. Ao todo, os portugueses seriam cerca de oito soldados de infantaria e dois mil e novecentos cavaleiros, apoiados por sete canhões.

No dia 14, pela manhã, os portugueses atacaram os espanhóis que se defenderam vigorosamente. A batalha acabaria por pender para os portugueses porque conseguiram romper as trincheiras dos espanhóis o que causou a debandada de perda de terreno destes últimos.

O exército espanhol sofreu perdas enormes e dos cerca de dezanove mil homens apenas cerca de cinco mil infantes e trezentos cavaleiros conseguiram regressar e abrigar-se em Badajoz.

 

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