16 Julho 2016      12:04

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ATLETA TREINA NO ALENTEJO PARA A PROVA MAIS DIFÍCIL DO MUNDO

A portuguesa Carla André, que vai participar na ultramaratona norte-americana de Badwater, com inicio na segunda-feira, preparou-se no Alentejo, na praia e na sauna, para concretizar o objetivo de terminar os 217 quilómetros do percurso, de uma das provas mais exigentes do planeta, realizada sob calor extremo. “O objetivo tem de ser mesmo o de terminar. É uma prova muito difícil, muito longa e muito extrema, que tem muitos fatores que não controlámos”, referiu Carla André em declarações à agência Lusa.

A ultramaratona decorre na zona do Vale da Morte, na Califórnia, com partida na baía de Badwater (86 metros abaixo do nível do mar) e meta no monte Whitney (4.421 metros de altitude), os pontos mais alto e mais baixo do território norte-americano. Para conseguir terminara a prova, Carla André dedica grande parte da sua preparação a treinar a mente, contrariando a vontade do corpo (e contra o que a mente também pede), com treinos, sozinha no Alentejo, com 40 graus, ou na praia, depois de um dia duro de trabalho.

A preparação de Carla André, foi focada em três aspetos fundamentais: volume de quilómetros, calor e mente. A gerente bancária de 36 anos, que começou a correr há apenas seis anos, já obteve, no entanto, resultados de relevo nas ultramaratonas em que participou-

Enquanto treinou no Alentejo, a atleta aumentou “o volume de quilómetros para três dígitos por semana, entre 100 e 150. Depois há a questão do calor, efetuei treinos na sauna, com ‘step’ e exercícios variados, e por último a preparação psicológica”, explicou. Pois, a ultramaratona de Badwater, em que o atleta tem 46 horas para concluir, é feita sob temperaturas acima dos 50º celsius, no ponto mais quente do mundo, no Vale da Morte, e na altura mais quente do ano, em julho, sendo “uma luta contra o corpo e a mente”.

 “Considero que treinar a mente é ir contra a vontade do corpo ou da própria mente. Num domingo em que a maioria dos portugueses está na praia, pego no carro, ao meio-dia, e vou para o Alentejo correr, sozinha, 40 quilómetros”, exemplifica a atleta, que desta forma está a preparar-se psicologicamente para as dificuldades com que se irá deparar ao longo do percurso da ultramaratona.

Apesar de correr sozinha a maior parte dos 217 quilómetros do exigente percurso, Carla André não irá estar desamparada pois conta com o apoio de uma equipa que a irá acompanhar e assistir.

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