Inaugurado em junho de 2007, o espaço multiusos Arena D'Évora, que resultou de uma reconversão de uma velha praça de toiros, continua a ser a maior sala de espectáculos da cidade de Évora, com uma lotação de 5 mil pessoas. O próprio centenário Teatro Garcia de Resende, inaugurado em 1892 e sede do Centro Dramático de Évora (Cendrev), tem apenas capacidade para pouco mais de 300 pessoas, se quisermos comparar com a centenária "sala de espectáculos" da cidade, ou os 500 lugares que a generalidade dos hotéis oferecem em Évora.
Entre feiras e festas anuais, teatro, música, eventos desportivos nacionais e internacionais e, claro, corridas de touros, algo de espantoso para quem não conhece a versatilidade do espaço, a Arena de Évora, surpreendeu com a sua então vanguardista cobertura amovível, a "sofisticada iluminação" e o facto de permitir atividades até então impossíveis naquela cidade alentejana. O que acabou por desvalorizar a polémica criada na altura e que resultou do facto do espaço ser propriedade privada, onde a autarquia investiu três milhões de euros, com a contrapartida de gerir o espaço por 25 anos.
A velhinha praça de toiros de Évora, inaugurada em 1889 na presença do rei D. Carlos, em muito mau estado, fechou as portas para entrar em obras a 29 de Junho de 2005, Dia da Cidade. Para reabrir dois anos depois e mudar o panorama cultural da cidade.
Com programação própria, a Arena D'Évora apresenta em novembro e dezembro propostas em diversas áreas artísticas e, até, gastronómicas, tanto para os mais pequenos como para o público em geral.
No dia 8 de dezembro, já com o Natal à espreita, apresenta o bailado “Lago dos Cisnes”, de Tchaikovsky, apresentado pelo Russian Classical Ballet. A prestigiada companhia de Moscovo, dirigida pela famosa bailarina Evgeniya Bespalova, regressa a Portugal para apresentar uma nova produção da obra-prima do bailado clássico “Lago Dos Cisnes”, uma narrativa de amor, traição e triunfo do bem sobre o mal.
Mas antes disso foi o local escolhido para a 2ª Mostra Gastronómica do Distrito de Évora, que decorre entre 2 e 4 de novembro. A 9 é a vez da comédia de António Raminhos. A 17 de novembro recebe um desfile inovador que cruza a moda com a beleza dos cavalos e já a 9 de dezembro recebe o espetáculo infantil Panda e os Caricas.
A dinâmica do espaço tem sido regular ao longo dos seus 11 anos de existência e provavelmente não haverá registo do público que já recebeu desde que renasceu como espaço multiusos, mas tornou-se de certa maneira símbolo da democratização e diversificação da oferta cultural e de lazer da cidade. Talvez se mantenha assim pelo menos por mais 14 anos. Depois logo se vê.
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