20 Janeiro 2021      10:50

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Apoio a empresas do Baixo Alentejo poderá gerar 1,7 milhões de investimento

Jorge Rosa, presidente da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo

A Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL) vai disponibilizar 770 mil euros para apoiar projetos de micro e pequenas empresas que podem gerar até 1,7 milhões de euros de investimento na região, avança o Correio Alentejo.

O investimento é disponibilizado no âmbito do Programa de Apoio à Produção Nacional (PAPN) e o aviso de concurso, lançado na sequência do programa operacional regional Alentejo 2020, está aberto até 15 de fevereiro.

Para mais, este aviso tem uma dotação global de 770 mil euros do FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, verba garantida através do Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial do Baixo Alentejo.

Na sessão de apresentação do programa, realizada por videoconferência, Jorge Rosa, presidente da CIMBAL, afirmou que “esta verba vai dar origem, dentro das nossas expetativas, a investimentos que podem chegar a 1,7 milhões de euros”.

Jorge Rosa, também autarca da Câmara de Mértola, disse ainda que, deste montante total, 515 mil euros destinam-se a empresas com atividade industrial [CAE – Código de Atividade Económica 05 a 33) e os restantes 255 mil euros para empresas de turismo ou restauração e similares (CAE’s 55 e 56).

Para o presidente, “é positivo ter-se considerado juntar aos CAE’s da indústria o do turismo, o que vemos com bons olhos. A nossa região tem um potencial turístico enorme e há muitos investimentos a quererem ser feitos nesta área”.

Foi ainda explicado que o PAPN é um “instrumento de política pública de apoio direto ao investimento empresarial produtivo”, que tem como objetivo “estimular a produção nacional”, com enfoque nos sectores industrial e do turismo.

No caso do Baixo Alentejo, cada empresa pode apresentar uma candidatura com uma despesa total elegível entre os 20 mil e os 235 mil euros, sendo que, em caso de aprovação, o programa assegura uma comparticipação a fundo perdido de 40%.

Adicionalmente, haverá uma majoração de 10% no caso de projetos de expansão ou modernização apresentados por empresas criadas há menos de cinco anos e de 5% para investidores com o estatuto de “Investidor da Diáspora”.

Durante esta sessão de apresentação, Jorge Rosa elogiou a “diferenciação pela positiva” dos territórios do interior neste tipo de programas, e garantiu que os empresários da região têm manifestado muito interesse no PAPN.

“Se todas as intenções [de investimento] manifestadas fossem aprovadas, o valor que temos alocado para a área da CIMBAL estava esgotado! O que quer dizer que perspetivamos que haja muito interesse e uma participação enorme neste programa”, sublinhou.

Assim, o autarca defendeu que seja lançada uma segunda fase do PAPN, com verbas asseguradas pelo programa Alentejo 2020, para fazer face às solicitações das micro e pequenas empresas.

Ao mesmo tempo, Jorge Rosa apelou para que seja aberto “um novo aviso”, desta feita “direcionado para investimentos de maior monta”. O responsável concluiu acrescentando que sabe “que há vários investidores que estão a preparar investimentos e que precisam que os mesmos sejam apoiados”.

 

Fotografia de radiopax.com