16 Agosto 2016      15:44

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ALENTEJO VAI PRODUZIR ÓPIO EM LOCAL SECRETO

A Barragem do Alqueva abriu novas oportunidades à agricultura portuguesa e trouxe também a possibilidade de novas culturas. A produção de ópio é uma delas.

Em 2013 foi atribuída à farmaceutica escocesa Macfarlan Smith Ltd.  a primeira licença de exploração de ópio em Portugal e a segunda, dada em 2015, foi para a australiana TPI. O que têm em comum estas duas empresas para além do ópio? Estão instaladas no Alentejo.

Tendo os primeiros anos sido experimentais para a farmacêutica escocesa, já que começou com cem hectares e explora neste momento quatro mil hectares, a Macfarlan Smith equaciona a construção de uma fábrica transformadora no Alentejo.

Quanto aos australianos, a aventura alentejana representou a primeira fora do país de origem e tendo começado com 700 hectares em 2015, este ano já esperam produção de cerca de três mil hectares, o que representa um investimento de 10 milhões de euros.

Após autorização de 3 ministérios, Estrangeiros, Agricultura e Saúde, e após licenciamento, como avança do Diário de Notícias, são contratados agricultores locais que não podem revelar a localização das plantações. Além deste procedimento, os agricultores devem cumprir todo o disposto num documento do Ministério da Agricultura - Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências, num processo que cumpre regras apertadas, mesmo a nível internacional, como estabelecido pela Convenção das Nações Unidas sobres Estupefacientes, de 1961.

Imagem de capa daqui.