15 Junho 2016      15:54

Está aqui

ALENTEJO PODE PERDER UNIDADE DE CUIDADOS INTENSIVOS NEONATAIS

Se a proposta da nova rede nacional de referenciação materna e da criança avançar nos moldes em que está definida, o Alentejo pode ficar sem unidade de cuidados intensivos neonatais em breve. O que implicará que bebés prematuros com muito baixo peso, com 700 ou 800 gramas, tenham que ser transferidos de ambulância para Lisboa, apesar do Hospital do Espírito Santo de Évora dispor de recursos humanos e de equipamentos para dar resposta a estas crianças, segundo Hélder Ornelas, coordenador da unidade de neonatologia daquela unidade de saúde alentejana.

De acordo com a proposta, todos os recém-nascidos com menos de 32 semanas de gestação deverão passar a ser transferidos para Lisboa, em vez de irem para Évora, que possui o título de hospital de apoio perinatal diferenciado, para recém-nascidos a partir das 24 semanas de gestação. A proposta implica ainda que todas as crianças que necessitem de cuidados cirúrgicos passem a ter que ser transferidas para Lisboa para serem operadas. Passando o Alentejo a ser a única região do país a ficar sem unidade de apoio perinatal diferenciado.

Estas alterações, que estão previstas na proposta da rede nacional de especialidade hospitalar e de referenciação materna, da criança e do adolescente — que se encontra em consulta pública até ao próximo dia 30, começaram a ser constatadas por alguns especialistas locais, que não compreendem o encerramento da unidade que funciona em Évora.

Imagem daqui.