17 Novembro 2020      09:43

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Alentejo foi a melhor região a aguentar a falta de turistas no verão

Com uma queda abruta de turistas, principalmente estrangeiros, durante os meses de verão, o setor do alojamento em Portugal arrecadou menos 981 milhões de euros em termos homólogos, o que representa uma queda de 59%. De acordo com os dados fornecidos pelo INE e citados pelo jornal Público, referentes a setembro, houve diferentes ritmos de perdas entre regiões, com o Alentejo a apresentar os resultados menos negativos.

Entre junho e setembro, o Alentejo registou a menor perda do país, no valor de 15%, com 64 milhões de euros. No sentido oposto, com quebras acentuadas, está a Área Metropolitana de Lisboa, com uma diminuição de 79%, para 86,3 milhões.

Ao todo, o encaixe foi de 693,3 milhões de euros, com setembro a representar 204,7 milhões de euros (acima do valor registado em julho). 

Ainda de acordo com os dados do INE, que não incluem o segmento de alojamento local com menos de 10 camas, no terceiro trimestre as dormidas totais diminuíram 55,7% (-12,0% nos residentes e -76,3% nos não residentes), depois de no trimestre anterior terem recuado 92,5%. 

Tendo em conta apenas o mês de setembro, no Algarve e no Alentejo houve mesmo um crescimento, em termos homólogos, do número de dormidas de residentes, com subidas de 10,1% e de 3,9%, respetivamente.

No caso dos estrangeiros, a queda até teria sido maior caso o Reino Unido – principal mercado emissor – não tivesse, entre 22 de agosto e 12 de setembro, colocado Portugal na lista de destino seguros (sem obrigatoriedade de quarentena). 

O INE saliente que “a abertura do corredor aéreo com Portugal terá contribuído para a recuperação que se verificou em agosto e setembro, meses em que se registaram diminuições de 79,9% e 70,7%, respetivamente, das dormidas de residentes no Reino Unido, depois de quatro meses com diminuições sempre superiores a 90%”.

Naquele que é o último mês do verão, 24% dos estabelecimentos de alojamento turístico “estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes”, de acordo com o INE.

 

Fotografia de publico.pt