Durante o verão de 2013, perto de Castro Verde (Beja), foram mortas por envenenamento duas águias-imperiais-ibéricas. Estas mortes significaram a redução em 7% da população desta espécie em Portugal, restando somente 26 exemplares.
Apesar do envenenamento de animais ser recorrente em Portugal, em especial de espécies selvagens e/ou em vias de extinção, este caso é o primeiro em Portugal a chegar a julgamento.
A Liga para a Proteção da Natureza (LPN), assistente do processo e assessorada por advogados pro bono, responsabilizou a reserva de caça onde foram encontradas as águias sendo que o juiz de instrução do Tribunal de Ourique concordou com a existência de indícios de Crime de Danos contra a Natureza, o que contraria até a posição do Ministério Público que recomendou o arquivamento do processo.
O julgamento ainda não tem data marcada, mas pode abrir um precedente em defesa dos animais.
A águia-imperial-ibérica (Aquila adalberti) habita essencialmente na Península Ibérica e no norte de Marrocos.
É a ave de rapina mais ameaçada da Europa e em 2013 existiam somente 407 casais reprodutores em toda a Península Ibérica.
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