13 Março 2016      13:50

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“A ODE ETERNA” APRESENTADA EM ÉVORA

A “Ode Eterna”, a primeira obra do eborense Cláudio Sousa, foi ontem apresentada na Biblioteca Pública de Évora.

Com dezenas de pessoas presentes – facto que surpreendeu e foi digno de referência quer pela representante da Chiado Editora, quer da Biblioteca Pública de Évora – Cláudio Sousa apresentou uma obra que foi escrita ao longo de mais de uma década, o que proferiu à mesma um forte cunho pessoal e sentimental do autor, facto referido pelo orador Jorge Branquinho, amigo do autor.

A obra tem uma estrutura algo rígida, mas intencional, pois pretende cadenciar a ação que se desenvolve em vários momentos, em vários tempos, e em vários universos em simultâneo.

Plena de analepses e prolepses - e com uma linguagem própria da obra - o enredo tem início em pleno prefácio, com o narrador a entrar num alfarrabista onde descobre o diário do Afonso que acaba de falecer.

 

O primeiro capítulo conta na terceira pessoa o último dia desse ano 5 da Era Pós-moderna, desde que o Tiagu – personagem principal - acorda com um pesadelo premonitório até à chegada das bombas, momento que foi teatralizado por atores da Sociedade Joaquim António de Aguiar

Mais tarde na obra, este mesmo episódio será contado num novo prisma, na primeira pessoa.

A trama desenrola-se me torno de Tiagu, que no ano 5 da Era Pós-Moderna, descobre um diário escrito por si noutra vida, cujas linhas se realizam no mundo apocalíptico do seu presente.

Entretanto a Rita está longe e Tiagu teme perdê-la como aconteceu com a Sofia de outra encarnação. Desesperado, segue o mapa do diário e parte ao encontro deste amor que já sobreviveu às amarras da morte.

 

Mas a Ode Eterna tem muitas histórias contadas por várias personagens, com alusões a textos sagrados, bem como a um Alentejo ancestral e místico.

São vidas que passam e que têm uma sequência consequente, cujo significado é desvendado no fim dos tempos, no imaginário do leitor.

Apesar de se passar numa civilização avançada, “A Ode Eterna” está longe de ser uma obra de ficção científica, é uma obra de ficção literária plena de sentimento, significado e envolta em questões sobre a humanidade e o crescimento pessoal do próprio ser humano enquanto indivíduo.

Os olhos de cada leitor verão coisas diferentes; a nossa leitura está condicionada a nós, à nossa experiência, à nossa cultura, ao nosso contexto e ao estado de espírito no momento da leitura.

O catering esteve a cargo do "Sabor das Cores".

Pode adquirir a obra aqui e contactar com o autor aqui.